37° capítulo

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Henrique.

- ta bom então, te ligo mais tarde. - desliguei o celular ao terminar de acertar tudo.

Do outro lado da linha havia um dono de casas em Portugal, um que vendeu a casa pra minha mãe onde ela mora lá. Porém eu precisava de uma casa pra alugar e ele tinha uma ótima, disse ele que era um pouco maior do que a da minha mãe por ter uma suíte e uma área de piscina.

Maria tá tão empolgada com isso que eu queria adiantar tudo.

- daddy... - ela acordou, se espreguiçando enquanto se virava pro meu lado.

- bom dia meu amor. - eu tava sentado na cama, já ia levantar.

- quem era? - perguntou ainda de olhos fechados.

- o homem que vai alugar uma casa pra nós. - ela sorriu.

- ebaa. - festejou com voz de sono e logo o seu sorriso se desfez.

- nada disso. - sacudi ela tentando faze-la rir.

- daddy tá muito cedo. - fechou os olhinhos.

- oque a gente conversou no meio da madrugada quando tu tava com sede? - ela resmungou e se sentou me encarando de cara feia.

- que eu ia pra aula hoje. - cruzou os braços.

- é, então vai se arrumar.

- mais eu não quero.

- amor precisa ir por pelo menos essa semana. Olha quantos dias tu tá em casa...

- mais...

- se tu não for essa semana e um pedaço da outra semana agente não vai poder viajar. - aquela cara má se desfez, agora ela pensava.

- mais você vai me buscar todos os dias né? Eu não quero voltar de van. - sorri.

- claro, prometo.

Depois de muito tentar convencer Maria a levantar rápido, ela foi e tomou um banho. Não tava com a mínima vontade que até pediu qualquer roupa pra por. E quase me convenceu em deixá-la ir de pijama mas Maria é uma mocinha e deve ir direita pros lugares.

Ajudei ela com a roupa que eu peguei, uma calça jeans nova que ela nunca usou e um cropped preto que ela também não tinha usado ainda por ser novo. Hoje podia.

Disse que queria ir com chinelo holográfico e pelos horários da Maria hoje não teria educação física então eu deixei.

- vai se maquiar? - ela negou, pensando.

- só um rímel e um gloss. - assenti.

- tá, então termina aí e desce. - assentiu.

Guardei a escova de cabelo dela já que eu havia penteado o seu cabelo e desci.

Era cedo e apenas eu, minha mãe e Maria estávamos em pé e por esse motivo largariamos Maria na escola e depois iríamos ver uns primos distantes da minha mãe.

As coisas foram rápido e logo Maria já estava pronta.

- vamos? - perguntei pegando a chave do carro.

- claro, só deixa eu pegar a minha bolsa. - disse minha mãe subindo as escadas.

- daddy eu vou ter que chegar em casa e passar tudo a limpo não é? - disse Maria, obviamente falava da escola.

- vai, mais eu te ajudo e nem todo conteúdo que tu perdeu vai precisar escrever, os professores tão de acordo com o teu acidente e vão te dar cópias das aulas. Só colar no caderno. - ela sorriu e me abraçou.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora