Henrique.
Duas horas depois que minha mãe chegou aqui ela foi embora. Pedro super estranho e nem um sinal da Maria.
Tirei a mesa e deixei o bolo pra ela em cima do balcão da cozinha. Já eram 18h.
Subi lá pra cima e procurei primeiro no quarto de menina mas não achei ela, provavelmente no nosso e estava, a porta estava trancada.
- Maria! Mor? - ela não responde. Pode ter dormido. - amor? - bato na porta sem fazer muito barulho e logo escuto passos. Ela abre, o rostinho vermelho e tanto... Chorar? - oque foi? - ela me puxou pra dentro do quarto e trancou a porta me abraçando fortemente.
Naquele momento tudo que eu pensava era na cara do Pedro.
- me conta, foi o Pedro não foi? - ela caiu em lágrimas, chorando como um bebê e eu levei ela até a cama, me deitando com ela e abraçando o seu corpo contra o meu.
Em momento assim devemos primeiro abraçar e deixar chorar, depois fazer perguntas mas eu queria muito saber qual foi a graça que aquele moleque fez dessa vez.
- eu tô aqui, tô aqui. - eu deveria ter ficado perto, ou melhor, nem ter deixado ela ficar perto dele.
Puxo o vestido da Maria pra cima, não pra ver sua bunda ou toca-la mas pra ver se não tinha algum machucado, não tinha. Baixo o vestido arrumando e tento olhar o seu rostinho mas ela não deixa.
- olha pra mim, me conta. - ela não parava de chorar. Tremia e eu tava ficando nervoso.
Sinceramente a primeira coisa que eu pensava era um estupro, aquele pensamento dava ideia a outros, tipo: matar o meu irmão caso ele tenha feito isso. Não estava nem aí se era sangue do meu sangue, coisas assim não tem perdão, ainda mais quando se aproveitam e Maria é só uma menina inocente.
- tem que me contar pra eu poder te proteger. - digo com calma mesmo estando a ponto de sair no soco com aquele moleque, mas passar tranquilidade e amor ajuda. - o daddy não vai sair do teu lado. - o seu choro amenizou, mas ela não me soltou.
- ele abusou de mim...- voltou a chorar desesperadamente.
Agora sim eu tinha raiva.
- amor. - tiro ela a força do meu abraço mas não pra machucar e sim pra fazê-la me ouvir. Ela me encara, parando de chorar. - senta. - me senti ajudando ela. - calma e me conta. - digo com paciência e ela faz perna de índio cobrindo as pernas com o vestido com o rosto de medo. - conta pra mim. - fiz carinho na sua mão.
- ele me deu o óculos de realidade virtual... - começou a chorar mas tentou se conter e as lágrimas eram tantas. - ele colocou em mim... Aí tinha um joguinho de montanha russa e eu tava tão focada no jogo que não... Não conseguia sentir e nem ouvir nada. - chorou baixinho mas tentava não chorar. - ele tocou aqui. - colocou a mão na sua cintura. - depois aqui. - na coxa. - e quando eu percebi ele tava com a mão aqui.... - tocou no seio e voltou a chorar.
Eu queria ser aquele homem bonzinho que eu sou pra ela todos os dias mas naquele momento queria socar a cara do meu irmão. Se é que posso chamar aquilo de irmão, se fosse não seria daquele jeito.
- daddy... Você não pode fazer essa cara. - disse soluçando.
- desculpa, o daddy não tá bravo com você e sim com ele. E depois ele fez oque? - ela voltou a chorar.
- disse que... Que gostava de mim... Que queria ser mais que amigo... E, e... Colocou a mão na minha ppk por que eu disse que ia falar pra você. - ela desabou em choros.
Não tinha como faze-la parar.
E pela primeira vez na vida eu deixei ela ali na cama chorando e desci pra pegar o meu celular. Liguei pra minha mãe, falei tudo pra ela que ficou do meu lado e na mesma chamada xingou o Pedro e bateu nele. Ouvi ele chorar e pedir desculpa. E só acreditei por que conheço minha mãe quando tá brava. Ela disse que não deixaria ele sair de casa e até eu ir embora ele não veria a Maria de jeito nenhum.
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• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1
Fanfiction⚠️ PARTE DOIS DA HISTÓRIA JÁ NO MEU PERFIL POR CAUSA DO LIMITE DE CAPÍTULOS. ⚠️ NÃO ACEITO MAIS ADAPTAÇÕES. ESTE LIVRO FOI CONCLUÍDO, PARTE DOIS JÁ DISPONÍVEL. 💜🧚🏻♀️ +16|| - Daddy. - falou a menor com a voz de sono. - o que foi, princesa? - fal...