24° capítulo

5.2K 291 95
                                    

Maria Clara.

Eu estava triste, muito mesmo. Estava longe do daddy.

- menina você precisa comer. - disse a mesma mulher que colocou um prato de comida esquisita na minha frente.

Eu estava em uma casa de abrigo.

Não sei qual a situação, tá tudo tão confuso.

- eu quero o meu daddy.

- quem? - ela não entende. - sei que está apreensiva com tudo isso mas hoje é dia de visita, você não será adotada mas precisa estar em boa aparecia na frente de outras pessoas.

- eu vou estar segura aqui?

- até você ir embora. - eu respirei fundo pesando no daddy dizendo pra mim comer e ter paciência então fiz isso.

Comi várias colheradas daquela comida, não era com o garfo pra mim não me sujar, já estava com uma roupa nova.

Depois do almoço eu fui pro pátio, várias meninas da minha idade ficavam me zoando e eu ficava muito triste.

Alguns minutos depois algumas pessoas entraram, as crianças menores eram as que mais chamavam atenção mas um homem não parava de me olhar. Daddy me tiraria daqui então foi isso que eu fiz, eu fui pra um corredor sem gente e me sentei em um banco.

- oi. - ele me seguiu!

- eu não vou ser adotada. - ele riu e se aproximou. Era estranho, alto, branco e magro, usava um terno e tinha cara de tarado.

- quem disse que não? Alguém pode gostar de você. - ele sentou-se ao meu lado.

- não, você não entendeu, eu já tenho família.

- e por que tá aqui? - era isso que eu queria saber. - sou rico e não tenho família, quero apenas uma filho, de preferência uma filha.

- e por que não vai pra onde tenha crianças?

- por crianças são algo que requerem cuidados e garotas igual a você não precisam de cuidado nenhum. - pelo que Henrique me contou sobre homens tarados ou pedófilo, ele dizia algo como fazer sexo comigo, por que crianças não podem fazem sexo e comigo sim.

- mais eu não quero ser adotada.

- teria tudo que precisasse.

- mais eu disse que não! - ele me encarou sério.

- prefere que eu adote uma criança? Que eu a machuque?...

Fiquei em silêncio depois da sua confissão.

- oque?... - minha voz saiu quase que num sussurro. Machucar crianças? Tipo fazer sexo com elas?

Pra mim homens igual a ele só querem isso. Sexo.

- você entende que eu adoro meninas igual a você? - ele pegou uma mecha do meu cabelo mas eu não deixei e imediatamente me afastei. - garotas frágeis que me dariam muito prazer. - meus olhos tremiam no sentido do meu coração.

- eu tô com medo.

- não precisa ter medo, eu te daria tudo.

- o meu daddy me dá tudo. - ele ficou me olhando surpreso.

- então sabe oque é daddy? Oque significa? Você tem um? Eu posso ser o seu.

- eu já tenho um daddy. - ele riu.

- e por que tá aqui? Ficar aqui dentro, dentro de uma casa de abrigo significa que você não tem um daddy, e muito menos uma família.

- ele disse que voltaria...

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora