47° capítulo

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Maria Clara.

Abro os olhos sentindo uma dor insuportável, me mexo nem alguns centímetros e sinto algo molhado.

Ai não.

Coloco a mão na minha ppk por cima da roupa, tava molhado.

Não era xixi, não tinha cheiro, parecia.. sangue.

- daddy. - o chamo, mas fico com vergonha. Ele estava grudado em mim. Tento me levantar mas era impossível com ele naquela posição. - Henrique... Me solta. - sussurrei e ele se mexeu.

- que foi? - não estava totalmente escuro dentro do quarto e eu via o rosto do daddy. - que foi amor? - ficou preocupado, me tocando na barriga.

- eu acho que... - comecei a chorar, eu tava com muita vergonha. Acabei de ficar menstruada e o daddy deve tá todo manchado de sangue podre.

- Maria me conta... - daddy parou de falar quando "provavelmente" sentiu algo molhado. - fez xixi na cama? - neguei com medo. Eu nem mexia por conta do que poderia acontecer.

Sinto algo quente sair de dentro de mim e comecei a chorar mais ainda.

Henrique levantou o cobertor, vendo tudo vermelho no lençol branco.

- ei, tá tudo bem, tu só ficou menstruada. - disse fazendo carinho no meu rosto.

- mais pegou em você. - falei me mexendo, sentindo sair mais ainda.

- não tem problema, isso sai com água. Vem, vamo tomar um banho.

Daddy se levantou, acendeu a luz do banheiro e o abajur do quarto. A sua bermuda azul marinho estava toda manchada de sangue e daddy não teve nojo algum.

- isso é uma coisa totalmente normal. Não foi culpa sua, você não sabia. - daddy beijou o meu rosto, me levando pro banheiro.

- você não tá bravo? - riu.

- bravo? Por que?

- ué, manchou a cama e tudo.

- mais isso não é motivo pra me fazer sentir raiva, as meninas menstruam e é algo normal. - daddy me fez ficar tranquilo, ele realmente não ficaria bravo por coisas assim.

Tomamos banho de chuveiro, pra não deixar a água toda vermelha. Daddy me ajudou a me lavar por que cada vez que eu colocava a mão na ppk saia mais sangue ainda.

Depois daddy saiu e se vestiu, me deixando no banho até achar absorvente e uma roupa confortável pra mim.

- põe o pé antes que pingue na sua perna. - disse ele, me ajudando a por a calcinha já com o absorvente nela.

- daddy oque vamos fazer com a cama? - não estávamos em casa, não era a nossa cama.

- tudo bem, o daddy troca o lençol e amanhã chama o serviço de quarto pra arrumar isso ok? - concordei, com um pouco de vergonha.

Comecei a sentir cólica, por sorte eu tinha um remédio e tomei, aliviou um pouco. Henrique passou um pano molhado no colchão e virou ele pra baixo por que tinha muito sangue, depois colocou outro lençol e outro cobertor por que tinha manchado um pouquinho.

- daddy eu posso colocar essa blusa? - eu já estava de roupa, mas sempre nesses dias o daddy deixa eu usar a blusa dele caso vaze um pouco no short.

- pode amor. - disse sem olhar mas depois olhou e não voltou atrás. - vem, o daddy te ajuda. - me sentei na cama, ele me ajudou a vestir e depois veio deitar comigo.

- desculpa daddy. - abracei ele de baixo das cobertas.

- não se desculpe por algo que não foi sua culpa. - sorri, encarando ele por longos segundos.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora