159° capítulo

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Maria Clara.

Estávamos nas provas finais, eu só sabia pensar em estudar.

Daddy e eu? Ele continua "desapontado", joga tanto isso na minha cara que outro dia eu tive que pesquisar no Google oque era de tanto que ouvi isso e que nem sentido faz mais.

Dormimos em quartos separados, ele me chama todas as noites mas ainda não falou sobre o perfume e também eu não toquei no assunto.

Porém daddy não mandou mensagem pra ninguém, eu ficava de olho e não quis entrar nas conversas com ele e Letícia por que parecia de faz tempo.

Então tecnicamente era de casa pra escola, da escola pro meu quarto, almoço no meu quarto, estudar no meu quarto, morar nele.

Eu não tinha nem tempo pra Lily, Lennon ou Luna, que miavam ou latiam na minha porta e eu abria e explicava pra eles que estava muito ocupada.

Eles pareciam entender... Quer dizer, Lennon era mal educado e ia entrando e quando eu ficava louca atrás de uma folha importante, lá estava ele, deitado em cima e deixando a folha toda amassada e quentinha.

Tão quentinha e com o seu cheirinho.

Aquilo me torturava.

Não sentia o cheiro do daddy a dias, não sentia como era me virar no meio da noite e dar de cara com seu pescoço, sentir sua mão percorrer minha cintura e me puxar pra perto do seu corpo quente.

Daddy estava diferente, ele estava mal.

Daddy tinha outra e eu escrevi tudo pro meu diário, não posso falar "contei tudo pro meu diário" por que fiquei em silêncio mas ele sabe de tudo, até da minha vontade de transar.

Mas as provas valem mais a pena do que ficar tentando achar a suposta "amante" do daddy.

Além disso ele vai e volta do trabalho em horários normais, oque não faz sentido e só me fez crer que se existe uma outra mulher, ela trabalha na empresa do daddy...

- isso não vai dar certo. - digo com as alças da mochila bem presas nas minhas mãos enquanto ela estava nas minhas costas.

- Maria, se tem um meio de saber sobre tudo, é aí dentro. - o prédio era enorme de alto, a sala do daddy era quase no último andar.

Sim, eu contei tudo pra Becca e pra Karla e principalmente sobre achar que a amante do daddy trabalha com ele.

Depois disso Karla insistiu pra mim ir até a empresa do daddy e me certificou de que sabia "fazer alguém se dar mal".

Ela não disse com essas palavras e eu tenho medo de repetir, foram assustadoras.

Mas sei lá, estava confiante e se realmente tivesse alguém que daddy estava gostando e vice versa, tiraria essa dúvida agora.

- tem certeza que ele tá em casa? - concordei.

- ele já saiu. - digo olhando o horário no celular.

Disse pra tia Cris que iria estudar com Becca e Karla na casa dela e ela avisou daddy, que deixou e não viu problemas. Então daddy nem imagina que tô aqui.

- tá vamo logo, aquele segurança tá olhando estranho pra três adolescentes paradas do outro lado da rua de uma empresa multimilionária. - eu não entendi mas pensei. - vem, vamo logo. - me puxou e Becca automaticamente agarrou meu braço.

- boa tarde, oque as meninas estão fazendo aqui? - nos olhou, ele era alto, careca, moreno e usava óculos escuros e tinha um.. tipo um fone de ouvido no ouvido.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora