• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1

26° capítulo

Henrique.

Eu estava sem chão.

O meu coração estava parado dentro de mim.

Minha Maria...

Era como um tiro...

De alegria!

- Henrique tudo bem? Você venceu, Maria é sua! - disse o meu advogado.

- caso encerrado! - e o juiz bateu o martelo.

Saímos todos do tribunal, o pai da Maria depois dessa nunca mais vai poder chegar perto de mim, ele tinha um aviso, caso chegasse perto ou mandasse alguém atrás de mim ou da Maria, ele seria preso e pegaria prisão perpétua não só por isso mas por outros crimes relacionado ao passado e a casa de prostitutas que ele tem.

- olha... Eu não sei nem oque dizer. - digo por fim, já dentro do carro do meu advogado.

- pode ter certeza que daqui em diante você vai ser feliz com a....

Tudo foi tão rápido.

O carro capotou.

Não sei bem oque estava acontecendo mas sabia que não era bom.

O impacto foi grande que eu consegui sentir o gosto do vidro dentro da minha boca após bater na janela ao meu lado.

Tínhamos sofrido um acidente no meio de uma estrada muito movimentada e dali em diante eu não vi nem ouvi mais nada.

Maria Clara.

- Cida eu já estou pronta, vamos? Não era pra mim ter ido pra casa ontem? - Cida estava estranha, muito estranha. Começou a chorar de repente. - eu volto pra te visitar. - talvez ela não tivesse feliz que eu fosse embora.

Gabriel estava na escola então era eu quem tinha que acalma-la.

- tia oque foi?

- meu amor tá tudo bem... - ela voltou ao normal, limpando as suas lágrimas.

- você vai pro trabalho agora? Não trabalha só amanhã? - ela negou. Eu havia perguntado por que vi a sua roupa azul marinho de médica e um jaleco branco sobre a cadeira da mesa.

- preciso muito ir trabalhar, é urgente.

- mais e o daddy? - Cida parou na minha frente e segurou os meus braços de forma atenta.

- consegue cuidar do Gabriel? - assinto com medo. - é urgente Maria, você precisa ter calma e paciência.

- mais...

- confia na tia por favor.

- tá bom...

Ela me soltou e pegou sua bolsa e a chave do carro junto com o jaleco.

- Gabriel vai e volta de van pra escola, caso eu não chegue hoje faça o papel de mãe dele ok? Eu sei que consegue. - não deu nem tempo de eu dizer algo e ela saiu de casa. Vi pela janela o seu carro saindo do prédio com tanta velocidade.

Mais oque estava acontecendo? Eu ouvi ela ao telefone dizendo confusa as palavras: "um amigo meu?", "Acidente de carro?", "Tô indo pra aí agora!".

Provavelmente ela tinha um amigo que sofreu um acidente de carro né?

Eu acho que sim.

Ok, não deu muito e Gabriel entrou pela porta trancando a mesma em seguida. Eles moravam em um apartamento muito caro.

- oi Gab. - ele sorriu.

- cadê a minha mãe? - estava completamente suado.

- ela teve que ir pro hospital, como se chama quando os médicos viram a noite lá?