151° capítulo

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Maria Clara.

Estava no hospital mas estava bem.

Havia acordado com muita dor e daddy me xingou, no dia de ontem, no domingo, foi o dia em que eu não me alimentei.

Ficamos na piscina, todo mundo menos tia Cris e por esse motivo comi muita besteira.

Então só tinha açúcar no meu sangue, o que significava pressão baixa.

- daddy não quero ir. - comecei a chorar. Sabia que tomaria injeção... Ou melhor, soro. - eu tenho aula, não posso faltar.

- tá cedo ainda e vai chegar no segundo período. - me recusei a descer do carro e daddy estava com a porta aberta esperando eu fazer isso. - oque eu falei ontem? Em? - fiquei com medo. - não teve almoço mas tinha pão, tinha queijo, presunto, um montão de coisa pra comer e a Maria ficou só no doce a manhã inteira e falou que não tava com fome, ok, aí ela não parou de comer um segundo, comeu uns três picolé e umas cinco taças de sorvete... No café da tarde a mesma coisa, aí só jantou, é claro que vai ficar mal. - daddy tinha razão. - vim bem devagar pra ti não vomitar dentro do carro mas sabe que tem que tomar soro, se não vai ficar assim por longos dias e vai vomitar tudo que comer. - meu nariz escorria por que eu segurava o choro. - vou ta lá contigo. - agora ele tava amoroso.

- você me xinga e depois fica legal. - riu.

- claro, oque eu posso fazer? - disse rindo. - quando eu falo as coisas nunca é pro teu mal, tu sabe que não, mas não me escuta. - pegou minha mão. - vamos, vai ser rapidinho. - daddy colocou a máscara em mim e depois nele, passamos álcool em gel na gente e seguimos pra dentro do hospital. Daddy levava meus documentos enquanto segurava minha mão forte.

E meu coração? Tremendo, palpitando, pulando.

Ele tinha mais medo do que eu.

- oiiii que saudade! - Cida apareceu.

- oiiii. - digo mas não podíamos nos abraçar, oque foi horrível.

Nunca vim aqui depois do ocorrido, como Cida está bem diante disso tudo?

- e a Mariazinha? - perguntou daddy.

- bem, crescendo rápido. - riu. - mas vieram aqui pra que? Tá tudo bem Maria? - se preocupou.

- a culpa é minha, ontem era domingo e meio que o dia da porcaria, ela não comeu nada nutritivo.

- ah isso é ruim, precisa comer Maria.

- eu só jantei e era macarrão com guizado.

- mais isso comparado a tudo que você deve ter comido não é nada, você precisa se alimentar bem, mesmo que esteja muito calor ou que tenha um bolo enorme de chocolate a sua frente. - ri. - tá sentindo oque?

- ficar em pé da falta de ar.

- é, ela não tá muito ruim assim, talvez um soro ajude mas vou pedir um raio-x só pra ter certeza. - concordamos.

Subimos de elevador e eu apertando a mão do daddy forte, depois lá em cima chegamos em uma sala de raio-x e tiraram um raio-x meu.

Agora era só aguardar.

- tá se sentindo bem? - daddy passou a mão no meu cabelo tirando os que caiam no rosto. - hum? - concordei fraquinho e olhei pra ele.

- tô com fome. - riu.

- pelo menos isso, depois que a gente sair daqui vamos em um restaurante tomar café. - abri um sorrisão.

- aqueles que a gente se serve a vontade?! - riu concordando.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora