181° capítulo

1.6K 146 40
                                    

Henrique.

Eu estava me curando tão rápido que já faziam uns dois dias que eu me movimentava normalmente sem sentir dor nenhuma.

Claro, as mulheres da casa como dona Cristina e Maria Clara ficavam toda hora em cima de mim me perguntando se eu estava bem.

E eu realmente estava.

Maria anda tão safada, parece normal mas as vezes é como se ela usasse essa desculpa pra esquecer os problemas. As vezes a vejo triste e quando chamo sua atenção ela coloca um sorriso no rosto e muda completamente, falando algo que não faz sentido nenhum dizer ou implorando por sexo, que é oque ela tá fazendo muito ultimamente.

Não estava preocupado com isso, tinha medo dela voltar a se cortar, pensar em suicídio... Coisas assim.

É o meu maior medo.

Ontem a noite, pra ter uma idéia, Maria estava triste, tão triste, que pediu pra fazer um boquete em mim. Não gostei por que ficava pensando na carinha dela mas aí sugeri que fosse o contrário e chupei Maria a noite inteira... Ela demorava pra gozar.

Mas hoje, pela manhã claro por que nesse exato momento já é noite e estamos no carro, Maria estava tão concentrada em sorrir e esconder oque sente que quando coloquei ela "contra a parede" por assim dizer, ela se derramou em lágrimas.

Chorava igual um bebê, dizia que tinha pesadelos constantes envolvendo a rua e as crianças... Principalmente com aquele Dr Finkler.

Isso me partia tanto o coração, me dava ódio, me deixava sem ter oque fazer.

Não tinha opção além de abraça-la e dizer que eu estava aqui.

E por esse motivo hoje estávamos indo ver seu pai.

O senhor Pavanelli que na verdade se chama Álvaro Aguiar Pavanelli.

Nunca gostei de chamá-lo pelo nome.

No carro Maria estava no banco de trás enquanto minha mãe dirigia e eu estava ao seu lado. Como era longe onde ele estava, provavelmente eu não aguentaria no volante segundo minha mãe, mas eu tinha disposição pra qualquer coisa.

Ficamos umas duas horas apenas na estrada até chegar no local dado pelo GPS. Maria tinha medo e no caminho chegou a recusar sorvete, sei que já era noite mas eu queria anima-la e ela negou.

Minha mãe estacionou o carro naquele estacionamento bonito e quando descemos Maria já suava seu casaco.

- relaxa, ei... - fiz ela me olhar. - o pior passou.

Claro, se estávamos indo ver Álvaro, ou melhor, o senhor Pavanelli, então isso significava que ele estava vivo.

Matheus já estava lá dentro com sua nova namorada, Priscila, e depois dessa visita iríamos finalmente jantar juntos.

Maria segurou minha mão fortemente. Aqui era uma clínica muito cara, ela é bem famosa no Brasil e tinha bastante gente "chique" ali, não eram pessoas comuns com trajes comuns.

Até o olhar mudava.

- eai, como foi a viagem até aqui? - Matheus nos cumprimentou.

- o GPS fez a gente vim por uma rua estranha mas deu certo. - disse minha mãe.

- aconteceu isso comigo também. - riu e logo depois viu Maria. - eai maninha. - a tocou. - como tá? - ela deu de ombros. - só posso te dizer que ele tá muito bem... Chamou por ti hoje. - Maria sorriu de máscara.

Já estava de bom tamanho.

- bom, essa é a Priscila. - não havia visto.

- oi. - era gentil.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora