82° capítulo

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AVISO PRÉVIO: CADA PRETEXTO, LEI, ORDEM AQUI É APENAS FICTÍCIA, QUASE UMA METÁFORA. POR TANTO NADA É REAL! (Ou de verdade até por que eu nem sei como funciona essas coisas).

Maria Clara.

- lembre-se: olhar pra frente, manter a calma e dizer toda a verdade, nunca mentir, ok? - concordei já tremendo. - tá muito bonita assim, nessa roupinha.

Eu usava uma calça jeans e uma blusa social branca que compramos ontem.

Já era outra semana, o advogado do daddy adiantou tudo por que não queria ele nem mais um segundo na cadeia.

E nem eu.

- não sei se consigo mãe. - Bia adentrou o quarto.

- oque? - a tia tava penteando o meu cabelo.

- fazer isso, depor contra o meu pai, ou depor contra o meu irmão. - se sentou na cama, a minha frente.

- a vida é sua Bia... Eu amo o daddy mas você tem um pai bom, você decidi. - digo triste, meio desapontada.

- não quero te magoar. - pegou na minha mão.

- não vai, eu só não quero que o daddy fique longe de novo. - eu dei carinho na mão dela. Ela não é obrigada a nada mas também não quero que ela fale mal do daddy.

- e você mãe? - senti a tia colocar uma presilha na lateral do meu cabelo, eu escolhi uma de flor.

- não sei, vou depor a favor dos dois. - me virei após ela me soltar.

- não quero que o daddy fique longe mas não quero que vocês fiquem do lado dele sendo que ele foi errado. - digo triste.

- ah meu amor. - me abraçou. - ele não vai ficar longe, só que ele vai levar um processo provavelmente.

- e isso é ruim? - olhei pra ela.

- em tese não né mãe? - disse Bia e eu olhei pra ela.

- é.. mais ou menos, aí depende, o processo pode ser grande e ele vai ter que pagar um dinheirão.

- mais ele vai ser preso?

- também depende. - concordei. - vão escovar os dentes e podem pegar um lanchinho pra ir comendo. - ela apertou a minha bochecha de leve e saiu do quarto, Bia e eu fomos pro meu banheiro já que a sua escova tava ali.

- dependendo do que o meu pai falar, vou depor contra ele. - fez uma cara de má e pegou a sua escova com ódio.

- por que?

- por que antes da viagem pra cá eu ouvi ele no telefone com a loira nojento que ele namora, ele dizia que eu e o Pedro iríamos desistir de ir morar com ele na Alemanha por causa da nossa mãe, aí provavelmente a namorada dele dizia algo e ele só falava: "ai eles não vão aguentar, uma hora ou outra vão querer voltar pra mãe deles e a casa vai ser só nossa, sem pirralhos mimados". - eu fiquei chocada.

- ele falou muito feio.

- sim, só que ele percebeu que eu ouvi a conversa e pediu desculpas, aí eu perdoei por que ele veio com um papo de que queria ser feliz e só dizia aquilo pra ela não desistir dele.

- mais pode ser também né? - negou com uma cara.

- não, conheço o meu pai. - colocou a pasta na minha escova e na dela.

Quando acabamos descemos, eu com a minha bolsa e a Bia com a que eu emprestei a ela.

- tia, posso pegar um lanche da escola? - perguntei um pouco triste e ela concordou.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora