89° capítulo

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Henrique.

Estamos a caminho do tribunal. Eu, minha mãe e Maria.

No banco de trás, Maria pulava toda feliz por que teria uma mãe e eu de volta como o seu "dono", como ela disse, mas não em sentindo ruim ou de maldade. Ela estava apenas contente.

Eu e minha mãe apreensivos com a situação mas a cada vez que Maria falava algo a gente sorria pra ela não desconfiar de nada.

O negócio agora é: não deixar que ela veja o meu advogado, Maria é criança mas esperta por que sempre conversamos sobre esses assuntos.

- ebaaa... Agora vou ter pais. - sorriu, descemos do carro.

- espera aí. - arrumei o seu vestidinho colocando a mão embaixo dele sem ninguém ver, pra arrumar o short que ela usava.

- tá apertado. - disse e realmente estava.

- te perguntei mil vezes.

- é que ele é o único que não marca no vestido daddy. - soltei ela e concordei.

- mais tá desconfortável? - negou, abrindo um sorriso.

- hoje é um dia feliz, não tem nada desconfortável. - sorri, imaginando que posso perdê-la.

Não.

Nunca.

Quando entramos minha mãe chamou Maria até a máquina de chocolate. Dei 100 reais a ela por que não tinha notas menores e pelo que vi de longe, ela pegou muita coisa e colocava dentro da sua bolsa. Eu só ria contente por tê-la.

Eu só quero tê-la.

- bom dia Henrique. - me virei dando de cara com o meu advogado. Maria e minha mãe longe.

- bom dia. - apertamos as mãos.

- bom, pelo que consegui, o pai de Maria ainda não abriu um processo e aquele papo de herança está aqui. Quem ficou encarregado na época dessa burocracia toda foi um colega meu. Maria ganhará sim uma herança grande de quatro pessoas. - franzi a testa pela última parte.

- quatro? - concordou.

- sim, aqui estão os documentos. No momento eles são sigilosos então eu não posso te dar uma cópia. - concordei pegando. - aqui estão os nomes, mas resumindo: a herança vem da avó de Maria Clara, de sua mãe, seu falecido avô e a última herança não é bem herança, foi um acréscimo de... Matheus Pavanelli. - Matheus?

- quem é esse Matheus? - o olhei.

- segundo o meu colega, esse que esteve encarregado de tudo, Matheus Pavanelli só entrou com o dinheiro, que na verdade foi uma parte da sua herança, por que ele morava longe e quando soube da morte da última pessoa que estava responsável por Maria, imediatamente direcionou esse dinheiro para a conta dela, que após os 18 anos poderá abri-la com uma nova senha. - quem é?

- mais ele é alguém adulto? - ele pensou.

- por enquanto não sei nada sobre ele mas posso te informar. - concordei. - te ligo a noite, até lá converso com o meu colega. - concordei agradecido.

- daddy! - Maria vinha correndo na minha direção, comendo.

- oi meu amor. - sorriu.

- peguei pra você. - me entregou uma barrinha de diamante negro. Sorri.

- obrigado meu amor. - dei carinho a ela.

- bom, vamos? - perguntou meu advogado e eu olhei pra minha mãe, nós dois um pouco apreensivos como o de costume enquanto Maria cantava vitória.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora