Henrique.
Ouvia músicas da adolescência, Can You Feel My Heart.
Talvez eu tinha uns 19 anos quando ouvia. Por aí.
Mas deixei tocar músicas aleatórias e essa me trouxe tantas lembranças ruins. Lembranças que eu não quero que voltem a se tornar uma realidade.
Então definitivamente a música foi estragada pelas lembranças.
Estava drogado, bêbado e no meu quarto, olhando pro Lennon até ter vontade de aperta-lo... Mas não fiz isso por que ainda tinha decência.
Estava realmente no fundo do poço, com todas as letras. Não queria nem ouvir o nome Maria Clara por que isso me dava mais vontade de beber e acabar com a minha vida. Era como um gatilho pronto pra mim.
Se ela estiver morta, sou capaz de me matar por que não vou aguentar.
Ela é muito mais que uma namorada, é tudo que eu tenho. Trabalho e batalho por ela, pra vê-la bem.
Erro sim mas nunca deixei de faze-la feliz, nunca. Nunca desisti disso.
E onde ela está? Talvez esteja morta a muito tempo.
Começava a achar que aquele telefonema era fruto da minha falta de descanso, da minha angústia... Começava a achar que eu estava delirando e que a polícia já sabia de coisas que não sei.
Maria está morta.
Consigo sentir no peito.
Meu celular começou a tocar igual louco e eu peguei pra atender, nem vi quem era.
- alô. - fui mal educado.
- senhor Maciel, precisamos que venha até a delegacia... Achamos uma coisa. - meu coração disparou.
- eu... - não quero ir!
- é sobre Maria Clara. - a pequena luz se acendeu dentro de mim novamente e eu desliguei o celular pretendendo ir até a delegacia.
Foda-se, não posso ficar assim. Não posso viver isso novamente! Não dá!
Entrei no banho gelado com tudo, o tempo lá fora tava horrível e frio mas água quente não vai melhorar minha vida nesse momento.
Ficava repetindo pra mim mesmo pra ficar na linha por Maria, me dei até um tapa no rosto por sentir que estava sob o efeito da maconha ainda.
Por fim sai do banho e me vesti apropriadamente, descendo com todas as minhas coisas e vendo minha mãe já pronta também.
- vai sair meu filho?
- eu que pergunto.
- eu ia buscar Pedro e Beatriz, eles tão muito angustiado longe de nós. - não disse nada além de pensar.
Eu também estava angustiado, mas por que estava longe da Maria.
- vou na delegacia, me chamaram. - digo apenas isso e minha mãe disse que iria comigo.
Eu estava sóbrio, por Maria, mas me sentia tonto, meus olhos tremiam e estavam vermelhos.
Minha mãe não suspeitou de nada e ela era a única pessoa que tinha o dom de saber se eu usei ou não drogas, por que ela adivinhava mesmo se eu tivesse de costas pra ela quando era mais novo.
Na adolescência fiz muito isso, não queria isso pra mim hoje... Onde eu tô com a cabeça?
Chegamos rápido na delegacia, já me sentia bem na medida do possível e orava pedindo pra não entrar lá dentro e receber uma péssima notícia.
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• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1
Fiksi Penggemar⚠️ PARTE DOIS DA HISTÓRIA JÁ NO MEU PERFIL POR CAUSA DO LIMITE DE CAPÍTULOS. ⚠️ NÃO ACEITO MAIS ADAPTAÇÕES. ESTE LIVRO FOI CONCLUÍDO, PARTE DOIS JÁ DISPONÍVEL. 💜🧚🏻♀️ +16|| - Daddy. - falou a menor com a voz de sono. - o que foi, princesa? - fal...