107° capítulo

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Henrique.

Como eu havia dito, iria cedo em casa, pegar roupa pra Maria e pra mim também.

Tomei café por lá, tendo que esperar a empresa que eu contratei pra trazer brinquedos infláveis virem, que demorou de 10 a 15 minutos. Eles buscariam tudo hoje.

Então enquanto eles estavam lá ocupados, eu fui pro quarto, comendo o pão de queijo que assei rapidinho.

Na mochila que eu trouxe de roupa suja da Maria, que eu havia deixado tudo na lavanderia lá em baixo, coloquei oque eu sabia que ela precisaria.

Meias, calcinhas, shorts de dormir, blusas de manga curta e comprida, tinha um casaco lá ainda mas peguei outro, por precaução.

Além disso estava levando as maquiagens na bolsinha de maquiagens dela e suas pantufas de unicórnio.

Oque mais que ela pediu?

Fico pensando, e olhando em volta caso eu veja algo que ela precise e lembrei do seu celular e tablet.

Alguém bateu na porta.

- oi, entra. - eu fechava a mochila.

Era a nossa ajudante, tive que chama-lá já que eu e minha mãe provavelmente vamos ficar mais alguns dia longe.

- bom dia seu Henrique, o pessoal dos brinquedos já foram embora, eu dei o dinheiro a eles. - concordei agradecendo.

O nome dela é Flávia e ela tem quase quarentas anos, lembro que nos primeiros dias com a Maria ela me ajudou bastante, fazia penteados nela e algumas coisas eu aprendi com ela.

- obrigado Flávia, eu acho que se eu voltar será só pra pegar mais roupas ou alguma coisa. Mas eu tenho a chave. - ela ficaria aqui, no quarto lá nos fundos que já era o seu.

- claro, alguma coisa que eu deva saber? Maria tá bem?

- tá sim só... Foi um susto. - digo bufando e pensando oque deveria pegar mais.

- vou colocar algumas roupas pra lavar e volto aqui pra organizar o guarda roupa ok? - concordei.

- acerto contigo amanhã. - ela concordou com um sorriso e saímos do quarto.

Eu havia pegado tudo de necessário pra Maria, queria que ela se sentisse bem e que essa cirurgia desse certo.

- oi mãe, cadê ela? - tirei a máscara assim que entrei no quarto da Maria.

Ela não estava lá.

- Cida disse que a tarde ficaria ocupada e ela queria fazer o procedimento. Não queria deixar pra outro médico fazer. - concordei percebendo que foi o melhor a ser feito, eu só queria ter ido junto.

- ela não ficou com medo?

- não, estava até animada. - sorri.

- e Bia? - me sentei ao seu lado, na mesa.

Minha mãe passou as mãos no rosto ficando com elas ali.

- ainda não sei meu filho. - me olhou, tocando na minha mão. - seu irmão não fala, não reage... Só joga videogame.

- ele tá sofrendo, mas do jeito dele. - digo dando carinho na sua mão.

- agora tem o seu pai, disse que errou, disse que pegou pesado com ela e que se alguma coisa acontecer, que não vai, a última coisa que fizeram foi brigar. - concordei fraco pensando.

- não tô com pena dele e ele só sabe fazer isso mesmo, brigar. Depois vem todo santo pro nosso lado.

- meu filho, Henrique, nesse momento a gente não tem que apontar os erros de ninguém, a gente tem que se unir. Eu poderia muito bem xingar a mãe da Luiza por que eu sei que ela deixa a filha dela andar por aí sozinha, só que eu vi o quanto ela chorava. Eu vi o sofrimento dela e não apontei erros, defeitos e muito menos xinguei. Por que eu queria xingar, queria dizer que elas ainda são menores, Beatriz não é mas age como uma.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora