175° capítulo

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Henrique.

Deixei Maria dormindo na cama e desci, mas ficava indo no quarto toda hora preocupado com alguma coisa.

Antes de descer peguei a maconha que Maria escondeu na sua gaveta, eram dois cubinhos de maconha enrolado no papel filme e eu coloquei no meu escritório pretendendo não fumar.

Não sei ao certo que tipo de besteira falei pra Maria, também não sei se falei algo que a machucou mas pretendia não correr esse risco novamente e não queria que ela se decepcionasse comigo.

Tinha medo dela pensar que quando estava "morando" com seus amigos, era melhor do que estar comigo.

Não quero que ela tenha dúvidas de nada.

Minha mãe havia feito café e estava montando a mesa para o café da manhã, tinha salgadinhos de festa, o bolo de ontem, bolo de cenoura com chocolate que ela fez hoje sem necessidade por que já tinha um e pão e as coisas que iam dentro.

Agora eu estava pegando o Nescau pra levar pra mesa caso Maria queira beber.

- em meu filho, Caio vai vim aqui hoje pro almoço, tu vai no mercado comprar umas coisas pra mãe? - concordei normal e após isso subi pra chamar Maria.

Deitada de ladinho, abraçada no seu unicórnio que até poucos dias era investigação policial mas que não teve muito uso pra eles. Com todo cuidado do mundo eu a toquei, dando carinho e tirando seu cabelo do rosto.

- mor... Já tá na hora de acordar. - sorri.

O quanto queria fazer isso dias atrás, o quanto não imaginei horrores sobre Maria..

E ainda tínhamos muito oque conversar, basicamente Maria ainda tinha que falar com os policiais e talvez futuramente teria um julgamento.

Por causa das mortes.

- tem bastante coisa boa pra Maria comer lá em baixo. - digo dando beijinhos nela.

Minha maior e quase única preocupação de todos os dias, era a falta de comida pra Maria.

Não sabia oque era passar fome por que isso nunca aconteceu comigo e nem com Maria, nunca deixei que nada faltasse pra ela e fiquei muito preocupado todos esses dias em relação a isso... Ela não estava acostumada.

Aos poucos ela foi acordando e se espreguiçando, me olhando com aquele sorriso único e meigo dela.

- bom dia daddy. - sorriu e eu a enchi de beijos, abraçando forte. - agora a Maria tá aqui. - disse sorrindo e fiz o mesmo. - vai enjoar de mim, vai ver. - a soltei e ri.

- nunca. - dei carinho. - jamais. - se sentou.

Até sairmos do quarto depois de Maria querer se arrumar, demorou um pouquinho.

Ela disse o quanto estava com saudades de passar gloss e fazer maquiagem que convidei ela pra ir no mercado comigo, só pra ela se arrumar e dar uma volta. Maria negou gentilmente pedindo pra ir no hospital ver as meninas.

No caso as crianças.

Eu deixei, pelo medo de dizer não e por vê-la dizendo o quanto amava as meninas.

Quando por fim descemos Maria segurava bem minha mão.

- bom dia meus amores. - disse minha mãe empolgada. - dormiu bem meu amor? - Maria concordou tímida e logo Beatriz veio do corredor.

- bom dia maaah. - Bia beijou ela.

- bom dia. - sorriu.

Ajudei Maria a se sentar e todo mundo "babava" em cima dela, perguntando se ela precisava de ajuda ou algo do tipo e ela só dizia que estava bem e que não precisava.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora