Maria Clara.
Calma... Calma.
Maria calma.
Meus ouvidos não ouviam nada, parecia que o som estava distante.
Mas eu ouvia a bebê chorar...
Me arrastei com cuidado até a porta e olhei pra trás.
O pai do daddy tentava tirar a arma da mão do homem, Leo ainda com os olhos fechados e a minha perna..
Eu amo você escada da minha casa.
Se eu não tivesse quebrado a perna, nunca teria colocado gesso, se eu não tivesse colocado o gesso nunca teria o tirado e se eu não tivesse tirado, nunca colocaria uma tala.
Uma tala forte que te impede de levar um tiro.
Foi de raspão, um pouco abaixo do meu joelho e olhando pra ele percebi que saiu só um pouco da minha pele. A dor profunda que eu sentia era na verdade a dor no meu tornozelo, lá em baixo, por que eu me atirei no chão.
- Maria... Corre. - disse o pai do daddy entre os dentes pela força que fazia e quando eu olhei para o Leo, uma fração de coisas passaram pela minha cabeça.
Prometi a Cida que sairia com vida desse hospital junto com as crianças, mas nesse momento só posso salvar a mim..
Como irei viver pro resto da vida lembrando que deixei duas vidas inocentes pra trás.
Porém o pai do daddy deu um soco no homem e o barulho da arma caindo no chão foi mais alto.
Não, não, não... Eu não sou assassina.
Mas o pai do daddy não estava bem... Ele não tinha mais forças, levava a mão ao peito toda vez que podia.
- Maria.. - disse ele entre a briga. - corra. - caiu no chão.. ele não se mexia mais.
Ele teve alguma coisa por que o homem não fez nada.
Mas eu peguei a arma tão rápido e apontei para ele.
- não quer fazer isso quer? - me levantei e ele se aproximava. - tem só 16 anos... É uma criança ainda. - comecei a chorar, a perna doía e o medo também.
- você ia matar todos nós. - digo. - quer se vingar de uma pessoa boa como sua mulher mas ia matar três crianças inocentes... Já deve ter matado outros médicos aqui dentro e só falta Cida... Não vai deixar três crianças como testemunhas. - sai da sala e ele estava saindo quando eu pensei.
Atiraria para salvar a vida das crianças e de Cida. Atiraria para ser presa. Atiraria para voltar ao daddy um dia.
E atiraria por que eu estava com medo de largar a arma.
Com medo de saber que talvez o médico que ele queria se vingar estava no quarto da Luh e que ele matou ela também.
Atiraria por todos os motivos, por saber que não daria tempo de correr e por saber que ele é um militar com habilidades e eu só uma adolescente com a perna quebrada.
Oque eu posso fazer pelas crianças estando no estado que estou? Oque posso fazer se não correr? Se não atirar?
- está confusa. - disse ele calmamente. - queremos a mesma coisa.
- eu quero salva-la! Você quer mata-la! - gritei chorando.
- mas eu vou te deixar ir.
- e as crianças também. - ele negou.
- o menino sim. - fiz uma cara de brava e parei de andar, arrumando a postura. Chorava mas lá no fundo eu precisava fazer aquilo. As pessoas me entenderiam, não tinha mais oque fazer.
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• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1
Фанфик⚠️ PARTE DOIS DA HISTÓRIA JÁ NO MEU PERFIL POR CAUSA DO LIMITE DE CAPÍTULOS. ⚠️ NÃO ACEITO MAIS ADAPTAÇÕES. ESTE LIVRO FOI CONCLUÍDO, PARTE DOIS JÁ DISPONÍVEL. 💜🧚🏻♀️ +16|| - Daddy. - falou a menor com a voz de sono. - o que foi, princesa? - fal...