• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1

174° capítulo

Henrique.

Acordo assustado depois de ter um pesadelo... Mas Maria ainda estava ali.

Sorri me aliviando e deitando a cabeça no travesseiro novamente, fazendo carinho nela.

Ela dormia profundamente e tinha um dos braços pra fora do cobertor por estar com a agulha.

Me levantei com cuidado e fui até o banheiro, deixando a porta aberta e olhando por alguns segundos pra ela antes de entrar no banheiro. Tão linda dormindo.

Fiz xixi, lavei o rosto e escovei os dentes com a escova do kit que era obrigatório ter no banheiro, mas já que Maria não precisaria usar por que eu trouxe a dela e suas coisinhas, vou pegar essa pra mim.

Me encarei longos segundos no espelho ainda com a escova na boca, cogitando a ideia de dar só dois tragos... Só dois no cigarro... Na maconha..

Mas logo pensei em Maria e enxaguei a boca, guardando a escova e saindo do banheiro logo depois.

Maria ainda dormia e alguém abriu a porta com cuidado.

- com licença. - disse baixo. - só vim entregar uma fixa pro senhor assinar e essa é a alta dela. - me entregou uma prancheta e uma folha.

- ela já vai? Mais ela tá bem pra isso?

- bom, damos a alta quando temos certeza de que o paciente pode e tem estabilidade para ir pra casa e nesse momento Maria está ótima para isso. - concordei. - e de qualquer forma os médicos viram falar com o senhor. - concordei novamente.

- obrigado.

- de nada. - sorri e ela saiu do quarto.

Não via a hora de tê-la em casa, comigo... Na nossa cama, com nossas coisas.

Nós.

Em poucos minutos Maria acordou, chamando por... Mika?

- que foi, o daddy tá aqui. - fiz carinho nela.

- ah... - sorriu. - é você. - me olhou fundo nos olhos enquanto ainda sorria, fiz o mesmo.

- tudo bem? - concordou. - Mika é uma das meninas? - concordou e eu ajudei ela a se sentar.

- é a que está com pontos igual ao meu. - sorri pra ela.

- tá com fome? Sede?... Quer comer? - essa foi uma das minhas únicas preocupações diárias... Maria comeu? Maria tem oque comer?

- um pouco... Mais você que parece que não come a dias. - me sentei a sua frente na cama.

- fiquei tão preocupado, nessas horas a gente não tem sono, fome... O daddy nem fazia a barba. - ela tocou meu rosto me dando carinho e fechei os olhos sentindo aquilo.

Era tudo que eu queria.

Sério mesmo.

- mais você vai comer tá? - olhei pra ela e concordei.

- então eu vou lá pegar algo na lanchonete... A que fica fora do hospital. - ela desfez aquele sorriso.

- mais...

- tá com medo de ficar sozinha? - concordou e eu pensei. - então espero alguém chegar, acho que minha mãe vem com a Bia e o Pedrinho. - ela sorriu pra mim.

- tô com muita saudades dos meus irmãos. - fiz carinho nela.

- só acho que Pedro vai ficar lá com Becca. - ela deu de ombros.

- ela merece, nos primeiros dias não tinham cobertores e ela deu o dela pra mim, mas eu dividi também mas era pequeno. - a olhei estranho.

- chegou a dormir na mata? - sim, por que segundo seus amigos, a polícia e médicos, Maria ficou desacordada por dias.