63° capítulo

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Maria Clara.

Eu havia acabado de almoçar mas não entendia por que o daddy ainda não havia chegado.

- eu trouxe também um perfume seu. - tia Cris estava lá, a mãe do Henrique.

- obrigada tia. - sorri feliz pegando o perfume.

- ok Maria, agora vamos pros exames? - Cida parecia mais feliz que o normal.

- sim... Mais eu caí ontem né? - ela e a tia Cris trocaram olhares.

- ahn... Sim e não. Você caiu mas a quatro dias atrás. - franzi a testa.

- então... Eu fiz xixi em uma frauda? - fiquei um pouco empolgada, elas riram.

- não, você estava acordada. - o meu sorriso se desfez.

- mais não lembro, e cadê o daddy? - minha cabeça doía um pouco e o meu peito coçava.

- não! Não toque no curativo. - Cida veio até mim tirando a minha mão do meu peito as pressas.

- oque isso? - tento ver mas ela não deixa. Eu tinha um formigamento abaixo do seio.

- meu amor, que tal ir fazer os exames? - tia Cris alisou os meus cabelos e eu concordei, sabia que elas falavam em códigos, como os adultos, e daddy disse que quando isso acontecer é por que eu não posso me meter na conversa.

Fiquei quietinha como uma princesa.

Não sei por que não parava de pensar na nossa viagem pra Portugal e as fotos que daddy tirou minha na frente do castelo.

- Cida o daddy vai vim? - ela sorriu tão feliz.

- eu fico muito feliz de ouvir isso de você sabia? - sorri mas não havia entendido.

Eu deitei em outra cama e essa cama era muito desconfortável. Fomos de elevador, uma sensação boa de se sentir subindo e quando ele parou seguidos por vários corredores até chegar em uma salinha.

Lá os enfermeiros me ajudaram a deitar na cama que entrava pra dentro de um negócio gigante.

- eu já vim aqui. - tinha umas lembranças na minha cabeça estranhas.

- sim, nos últimos três dias. - um enfermeiro colocou uma toca na minha cabeça.

- como assim? - uma médica entrou na sala.

- ah, que bom vê-la normal. - normal? - eu sou a médica que cuida da cabeça, neurologista.

- então, era sobre isso que eu queria conversar com você. - disse Cida, alisando os meus cabelos. - você caiu do parquinho, se recorda disso? - concordei, lembrando da dor horrível que foi. - aí você veio pra cá vomitando sangue, estava com uma hemorragia interna que estava comprimindo o seu estômago e que acabou machucando o seu baço.

- isso, ai depois você esteve em um pequeno coma e acordou sem... - a médica olhou pra Cida.

- sem o seu infantilismo, isso depois de sofrer uma parada cardíaca. - meu deus.

- uma parada cardíaca? - fico em choque.

- sim, por isso o curativo. - alisou o meu peito.

- e como eu estava? Sem o infantilismo? - ela riram.

- mal criada. - disse a médica da neuro.

- boca suja. - disse Cida rindo e eu abri a boca com vergonha. - em uma das vezes que você veio pro exame xingou o enfermeiro com um palavrão bem sujo. - elas riam mas eu estava com muita vergonha.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora