85° capítulo

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Henrique.

Eu admirava ela dormindo já tinha quase uma hora, mas não me importava com o tempo, passei tanto tempo longe que era novidade ver o seu rostinho sem me importar se uma hora vou ter que parar.

Maria se mexeu, abriu os olhos e se desesperou.

- daddy!

- calma, tô aqui. - me levantei da poltrona e fui até ela. - tô aqui, falei que não ia sair e não saí. - ela puxou o meu pescoço até o seu rosto, me abraçando com tanta força e dava pra sentir ela tremendo.

- você... Não tava... No sonho.. tinha ido embora...

- xiii... Eu tô aqui... Dorme. - me deitei bem devagar do lado dela e cobri a gente.

Ainda era cedo, por isso fiz ela dormir de novo.

Dando batidinhas na sua bunda, Maria pegou no sono até eu perceber que seu corpo amoleceu, que aos poucos foi soltando o meu pescoço.

Me levantei novamente com muito cuidado e me sentei na cadeira, voltando a admira-la.

Em poucos minutos minha mãe tinha chegado, mas saiu pra ir ver Pedro por que Maria estava dormindo e eu fiquei lá com ela.

- bom.. dia.. - era Cida, viu Maria dormindo e falou baixo. - sei que ela tá dormindo mas preciso colher sangue e dar um remédio na veia. - respirei fundo, fazê-la passar por isso, mesmo que seja pro seu bem... Ela vai sentir dor... Odeio isso.

Me levantei indo até Maria, com toda calma do mundo eu mexi nela, dei carinho até a mesma despertar.

- bom dia minha princesa. - falei paciente olhando pra ela e sorrindo.

- daddy... - ainda tinha sono.

- Cida vai pegar um pouquinho do teu sangue ok? E dar um remédio no seu braço tá bom? - ela concordou com medo e eu achei isso novo pra mim, até por que ela nunca concorda.

Maria se sentou na cama, Cida chamou uma enfermeira, a mesma que deu soro na minha veia e na da Maria da última vez.

- que bom te ver de novo mas não na cama do hospital. - disse ela adentrando o quarto.

- espera... É.. injeção? - se desesperou, sabia que tinha algo errado.

- amor... É bem rápido. - ela respirava ofegante.

- vou colher o seu sangue por que preciso dele pra saber se não existe algo de ruim dentro de você, tipo uma bactéria, um coágulo no sangue e até mesmo coisas que dá pra saber pela saliva. - disse a enfermeira.

- mais e o remédio? - perguntou.

- o remédio vai servir pra você melhorar mais rápido, ele é específico pro seu estômago, tiramos uma parte dele lembra? E agora com o remédio ele vai voltar a ser como era. - respondeu Cida.

Maria tinha receio mas concordou com tudo.

- posso chamar a mãe do daddy? - Cida deu um sorriso.

- o daddy chama. - sai do quarto e segui corredor a frente, chegando no quarto do Pedro e vendo que ele ainda dormia e minha mãe apenas olhava pela janela.

- mãe, pode ir lá com a Maria? Ela vai tirar sangue e tomar um remédio na veia e tá te chamando. - minha mãe concordou na hora.

Quando voltamos eu senti tanto ciúmes, me sentia excluído, sentia que a minha própria mãe roubou o meu lugar.

Ela pegou na mão da Maria enquanto estava sentada ao seu lado.

- vai doer sabia? Mas depois vai passar.

• ʙᴀʙʏ ɢɪʀʟ 1Onde histórias criam vida. Descubra agora