Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]

Um Ato de Amor.

Oooooi amores meus!
Depois de oitenta e quatro anos, a Tia Ruiva voltou e dessa vez, esperamos que seja pra ficar.
Recibi MUITAS mensagens e comentários nesses tempos de sumiço, tanto aqui quanto no instagram e aqui, perguntando e cobrando sobre a atualização.
Pois bem, cá estou. ♥

Quero dizer que EU CHOREI escrevendo isso. Meu, eu chorei de verdade. Quem me segue no insta viu a cara desta autora que vos escreve totalmente descomposta kkkk Eu senti isso de verdade.
Espero que vocês também.

Obrigada por todo o carinho que recebi nesse tempo! Vocês são incríveis.

Vamos ler?

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A chuva torrencial que caía ia contra toda a premissa do verão, tornando o caminho até o pequeno vilarejo molhado e lamacento, fazendo as botas de todos eles afundarem no chão, e a enorme capa grudar na pele e pesar bem mais do que normalmente. Sobrecarregando-o fisicamente, como se não fosse suficiente o peso psicológico que aquela capa e máscara possuíam por si só.

Estava longe de casa, muito longe. Vagando por aquela terra distante, recrutando mais pobres desavisados para tornarem-se o mesmo que ele; um servo. Um mero fantoche que tinha sua vida e suas vontades comandada por um senhor puxando suas cordas frágeis e puídas. Sua vida havia se tornado um desastre. Algo distinto demais do futuro que um dia ele sonhara ter. 

Naquela noite em questão, eles estavam atrás de um bruxo chamado Ryan Walker, aparentemente muito talentoso com feitiços não-verbais e conjurações.

Voldemort estava tentando se rodear de todos os tipos de criaturas para não correr riscos na Grande Guerra que estava por vir, aliando-se a gigantes, lobisomens e outras tantas coisas que o permitisse vantagens, por mínima que fosse, e de alguma maneira Draco não o abominava por isso, não a sua estratégia, é claro. Como um sonserino nato ele sabia que faria o mesmo se estivesse em seu lugar, uma vez que se entra em uma disputa, a única opção viável para um sonserino é ganhar. Eles não lidam bem com as perdas, de nenhuma forma ou tipo. 

Enquanto se deixava pensar nos acontecimentos dos últimos meses, das perdas que tivera, seu corpo recebeu o calor aconchegante do pequeno pub que ele adentrou junto aos Comensais da Morte que estavam em missão consigo.

Draco retirou o capuz com cuidado, notando alguns olhares em sua direção quando o fez, e algumas expressões mescladas a medo e desconfiança rodeavam-no pelo espaço quase lotado de bruxos.

As pessoas sabiam quem eles eram. Sabiam dos planos de Voldemort e já se preparavam para o caos que estava por vir. O mundo bruxo todo sabia exatamente o que os ventos negros traziam, ou o que as tempestades de verão queriam dizer.

O Ministério não conseguia mais abafar os desaparecimentos, mortes, roubos, toda a catástrofe que havia recaído em cima da bruxandade. Tempos difíceis estavam chegando - novamente. Só se falava do caos, e sobre suposições de quando Aquele-que-não-deve-ser-nomeado tentaria dar o golpe de Estado e assumir o poder que não obteve da última vez.

Draco soltou o ar com impaciência enquanto Fenrir seguiu para o balcão no final do estabelecimento e os demais fizeram o mesmo, atento aos detalhes e as pessoas presentes ali. 

Por trás da peça de madeira velha e corroída, um homem de estatura mediana, com a barba passando do queixo e os olhos miúdos - que o lembravam vagamente de Dumbledore-, se encolhia perante o olhar aterrorizante do Greyback, que o indagava acerca de informações do bruxo que eles foram buscar.

Malfoy odiava estar perto deles, sair em missão, ser visto como um Comensal da Morte, odiava mais que tudo. 

Decidiu, por puro impulso, afastar-se. O ar quente e aconchegante do estabelecimento tornara-se pesado e com cheiro de morte, sangue e trevas - que era o que aconteceria possivelmente ali se o tal Walker não aparecesse. Greyback gostava de eliminar suas frustrações com sangue inocente. Um costume abominante que era o causador de vários pesadelos de Malfoy.