Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]

Feitiços de Natal. (Cont.)

Roie! Deveria ter vindo ontem, eu sei, mas não deu, não consegui finalizar o capítulo durante a semana, but, cá estou!

Quero agradecer todo o apoio, a paciência e o carinho de vocês. NÃO TEM IGUAL. SOU MUITO GRATA!

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Ademais, boa leitura!

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Assim que Draco colocou o corpo esguio para fora das masmorras, ele sentiu a mudança de temperatura estapear-lhe a face bruscamente. O corredor possuía uma leve camada de névoa por conta do frio, e no pátio, ele podia visualizar a neve espessa de pelo menos trinta centímetros cobrindo a grama que noutras épocas seria verde brilhante quase fluorescente - como era o verde da Escócia.

Mas, apesar do frio maçante e quase insuportável que fazia, o sonserino continuou seu caminho para tentar encontrar a garota Weasley, justamente como eles tinham marcado algumas horas atrás. Dessa vez, na Sala Precisa já que estava muito frio para que eles fossem para qualquer lugar além do castelo. Ademais, bem cedo pela manhã, o trem partiria com os alunos para as festas natalinas e o loiro queria descansar antes de se ver cara a cara com o Lord das trevas outra vez.

Apertando seu casaco fortemente contra seu peito, o loiro chegou ao corredor do sétimo andar tremendo de frio e esforçando-se para não deixar os dentes baterem, e antes que pudesse ver a Weasley em frente a tapeçaria de Barnabás (como ele esperava vê-la), ele olhou para o quadro da mulher gorda, aquela que guardava a entrada do Salão Comum da Grifinória, e seu coração ingênuo e quebrado ousou esperar que Hermione fosse sair dali há qualquer momento. Em suas memórias, ele e a Griffana tinham se encontrado daquela forma por muitas vezes, e com uma dor aguda no coração ele percebeu que sentia muita falta disso. Mas, como a realidade jamais se iguala aos devaneios, nada aconteceu, nenhuma garota com cabelos cacheados e olhos âmbar veio ao seu encontro para lhe abraçar e dizer-lhe que o amava, e com um suspiro resignado e se sentindo estupido, Malfoy seguiu para a sala precisa.

Quando ele estava perto o suficiente da tapeçaria, notou a pequena maçaneta da porta brilhando para ele, o que denunciava que a vermelha já estava lá dentro, esperando-o. Tentando esvaziar os pensamentos para que as tentativas de executar o feitiço não fossem completamente frustradas dessa vez, ele adentrou de uma vez a sala que estava aquecida e aconchegante.

Malfoy esperava encontrar algo parecido com um centro de treinamento, com cores neutras e talvez algumas poltronas escuras ou bancos de madeira, No entanto, o que seus olhos focalizaram foi uma grande sala marrom com piso de madeira, uma lareira rangendo ferozmente no fundo, cheiro de bolo de cranberry e grandes poltronas marrons com almofadas vermelhas. A iluminação era quente, o lugar parecia um misto de uma casa de campo rústica com o salão comum da grifinória.

Gina estava largada de qualquer jeito em uma das poltronas perto do fogo - que refletia diretamente em seus cabelos vermelhos como se eles fossem uma extensão -, enquanto brincava com a varinha despreocupadamente soltando linhas finas que se dissipavam assim que tocavam o ar.

Sentindo-se estranhamente desconfortável, Draco pigarreou para chamar a atenção da garota, que apenas levantou os olhos para mirá-lo por alguns segundos, antes de volver suas íris azuis como o oceano de volta a suas próprias mãos e sua varinha.

Parado no meio da sala, Draco deixou que seus pensamentos se tornassem uma infindável confusão, uma vez que não sabia o que fazer, ou por onde começar.

Então, escutou a voz de Gina se sobressair ao barulho da lenha queimando e de sua própria respiração um tanto quanto pesada.

- Gosto de vir aqui quando sinto falta de casa... - Gina disse baixinho, sem olhá-lo, era como se ela estivesse explicando a ele o motivo daquela decoração. - Posso simplesmente pensar na Toca e então pronto... - ela deu um sorriso triste que não alcançou os olhos claros, e o Malfoy sentiu uma ponta de tristeza em seu coração aliada inconfundivelmente a inveja - Até mesmo o cheiro de bolo... - ela balançou a cabeça em negação e então ergueu finalmente os olhos para encarar o loiro - Isso não é incrível?