Firewhisky e hortelã.

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Ooiiiie!
Voltei. Nem precisou de uma terceira guerra bruxa, ne? Kkkk

Então, o capítulo de hoje Está uma gracinha, espero que gostem.

Boa leitura.

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Vermelho.

O vestido que ela usava naquela noite era vermelho. 

Acinturado, com camadas caindo graciosamente até seus joelhos, imitando uma pequena chuva de tecido em seu corpo.

Era lindo, e ela se sentia um pouco estranha vestindo-se daquele jeito, em meio a tudo o que estava acontecendo, no olho do furacão que estava fazendo tudo o que ela mais amava se destruir tão rápido quanto um piscar de olhos, ainda assim as pessoas acreditavam tão fielmente no amor, a ponto de comemorá-lo em meio ao caos que o mundo transformara-se e, por isso, Hermione obrigava-se a moldar suas expressões de acordo com o que o momento pedia.

Através das janelas do quarto de Ginny, ela podia ver a tenda montada nos fundos da Toca, como a noite já tinha caído, a decoração se fazia ainda mais bela. Ela, Harry e Ron tinham passado a tarde toda arrumando potes e caçando fadinhas, que davam um toque brilhante e mágico no caminho até a tenda, que estava cheia de serpentinas lilás, e hortênsias enormes espalhadas em arranjos nas mesas - ideia de Fleur, e que havia ficado realmente deslumbrante. 

Aquelas alturas, alguns convidados já começavam a chegar, acompanhados de Fred, uma vez que a Toca estava protegida para evitar presenças indesejadas - como os Comensais, ou o próprio Voldemort,as coisas seguiam críticas e eles não poderiam arriscar um ataque quando haveria muitas pessoas inocentes ali.

Suspirou e virou-se novamente para o espelho, encarando sua face delicada, coberta de maquiagem e brilho, mas que não era capaz de esconder sua frustração, tampouco as memórias dos acontecimentos recentes. 

Seus pensamentos faziam um vendaval em sua cabeça, girando e girando desenfreados, e sempre, mesmo quando ela tentava evitar, levavam-na para a noite que eles removeram Harry da casa dos Dursley alguns dias antes. 

Ela sabia que não seria uma simples remoção desde o primeiro momento, tratava-se mais de um resgate. E eles tinham um bom plano, ela sabia disso, mas eles foram traídos logo quando alcançaram o ar em seus transportes que “não podiam ser rastreados”, segundo Mood, que agora jazia em algum lugar, e seu corpo não fora recuperado até então, o que só deixava o coração dela pequeno dentro do peito. 

Se ela fechasse os olhos e se concentrasse, conseguia ser imediatamente imersa nas lembranças daquela noite, e podia visualizar perfeitamente as luzes dos feitiços sendo lançadas contra si, e da magia negra pairando no ar ao seu redor, densa e cruel. Por muito pouco ela e Kingsley sobreviveram para contar história, com alguns poucos arranhões e todas as partes do corpo no lugar. George, infelizmente não tivera tanta sorte. Fora atacado com o senhor Weasley, e perdera a orelha no confronto. Foi um susto, mas graças a Merlin estava se recuperando bem. 

Entretanto, ela não era capaz de ignorar aquele sentimento de esperança que lhe invadiu quando os lampejos de luzes foram lançados, pois, ela tinha ganas de conseguir identificar se Draco estava lá, se participava daquela batalha cruel e covarde, mas, todos os comensais que se aproximaram estavam encobertos por enormes capas e máscara, sendo impossível reconhecer-los. E quando tudo esfriou em seu sangue, ela se sentiu traidora por, apenas um mísero momento, ter ficado feliz com o ataque, se isso significasse que ia vê-lo. 

Havia desistido de mandar inúmeras correspondências à Blásio, embora sentisse que deveria fazê-lo, para que dessa forma obtivesse notícias de Malfoy, se estava bem, e vivo, mas, assim como tinha medo de ser pega pelo ministério, e até mesmo por Voldemort, ela não poderia arriscar a segurança dele, tampouco que seus amigos - fora Harry -, descobrissem toda a merda que existia entre ela e Draco Malfoy. Era cedo demais, e em sua profundidade, ela sabia que nunca seria o tempo certo de contar. Talvez, e isso fazia-a ruir um pouco, aquele envolvimento com o herdeiro sonserino fosse um dos segredos que ela levaria consigo até o túmulo se algum deles perdesse a vida na iminente guerra que se aproximava.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora