Conversa Definidora

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Alguns dias se passaram desde de que Hermione e Draco haviam cedido àquela louca vontade de estarem juntos.

Naqueles momentos de beijos quentes e carícias trocadas, a Grifinória e o Sonserino não se lembraram de nada que dizia respeito à eles e sua posição social, ou ao o ódio que nutriam com reciprocidade. Apenas deixaram que seus extintos tomassem conta dos atos e seus desejos mais profundos fossem libertos ao menos por alguns minutos. Porém, assim que conseguiu escapar dos braços do loiro, a castanha se viu imersa em um mar de incertezas, questões e medos. Ela sabia de uma única coisa assim que se viu suficientemente longe do loiro; Não conseguiria viver com aquilo.

Para a morena, aquele era um erro que ela não tinha certeza se queria ficar repetindo, por mais que seu corpo dissesse o contrário.

Ele ainda era - e sempre seria - Draco Malfoy; puro-sangue preconceituoso e prepotente. Aquele cara que nada mais era do que um rostinho bonito, um ser superficial e dissimulado. Ela, Hermione, odiava a confusão interna que estava vivenciando.

Negar o que estava acontecendo com seu corpo e coração era o que vinha fazendo desde que saíra dos braços do herdeiro dos Malfoy, naquela noite tempestuosa.

Estar com o herdeiro dos Malfoy, era, para ela, o mesmo que estar traindo seus amigos, e ela preferia ser torturada mil vezes do que sentir-se assim; traidora, indigna da confiança de ambos. Odiava mais do que tudo, ter segredos com seus meninos, já bastava o romance com Krum que ainda se mantinha no mais seguro sigilo, não estava disposta a ter outro. Contudo, a imprevisibilidade das reações de Harry e Rony ao saberem dos beijos trocados com Malfoy (haviam sido dois!) eram o que a faziam manter mais esse segredo, e por isso alegou ser o último.
Outra coisa que a fazia estar cada vez mais segura de sua decisão era que Draco só estivesse fazendo aquilo porque estava naquela fase de revolta contra os pais. Onde a maior de todas as afrontas era envolver-se com uma garota "nascida-trouxa", ou, como eles gostavam de chamar; Sangue-ruim e assim contaminar o sangue tão nobre que corria em suas veias. Esse pensamento fez apequena ter uma leve onda de ânsia misturados à raiva. Ela não queria - e não ia - ser usada por aquela doninha. Por isso afastar-se era fundamental.

Entretanto, não era fácil fugir do loiro, já que o mesmo era tão sorrateiro como a serpente que simbolizava sua casa. Ele chegava quando ela estava sozinha, ou quando saía das reuniões da AD por último, sem nem ser notado ou ouvido pela castanha. Resistir-lhe era bem mais complicado. A sua metade insana e inconsequente - aquela mesma que se entregou aos beijos do loiro - por vezes quase cedia, quando Malfoy vez ou outra lhe encurralava em uma parede qualquer e fria, ou até mesmo entre as estantes da biblioteca, como estava fazendo agora.

— Eu já lhe disse para parar com de fazer isso. - ela rosnou baixinho olhando para os lados para ver se ninguém os estava vendo - Por favor, deixe-me em paz, esqueça o nos aconteceu. - aconselhou, enquanto tentava sair dos braços aprisionadores dele -

— Eu até esqueceria... - ele começou - Se você não mostrasse que está tão atolada nisso quanto eu. - falou simplesmente -

— Por Deus, Malfoy! - ela exclamou exasperada respirando com certa dificuldade - Será que você não percebeu que isso vai terminar muito mal? - questionou olhando seriamente para aqueles olhos cinzentos, tentando encontrar um resquício de bom senso. -

Ele sorriu de lado, fazendo a pequena revirar os olhos. Ela já sabia que livrar-se dele não seria nada fácil, pelo menos não aquele dia. Ele parecia determinado a permanecer no erro e estava ainda mais para que ela o acompanhasse nessa jornada de loucura.

— Granger, quem foi que lhe disse que acabaria bem? - perguntou malicioso enquanto passava os dedos pálidos e finos pelas bochechas coradas, sentindo a maciez da pele castanha -

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora