Oieee! Voltei tão rápido. Tô super feliz! Era pra ter vindo semana passada, mas fiz uma viagem e não deu, BUT cá estou!
Em adição, estamos com 87k de visualizações e eu tô no céu!! MUITO OBRIGADA MESMO POR TUDO ISSO! Jamais imaginei tomar toda essa proporção aqui no wattpad, mas é lindo. OBRIGADA DE NOVO.
Tenho que dizer sobre esse capítulo: não leiam escutando Arcade, ou Before You Go, ou Train Wreck pois eu escrevi lendo isso e chorei MUITO. (vou deixar nas notas o link da playlist de Por Uma Noite no Spotify)
Boa leitura!
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— Crucio!
Draco escutava sua própria voz reverberar através de seus tímpanos como agudos destruidores, estremecendo todo o seu corpo magro e pálido, e trazer de volta a sua visão as cenas de algumas horas atrás, algumas horas depois da conversa com Pansy, depois que ele se retirou daquela comemoração inescrupulosa e bizarra da qual ele jamais quisera participar, estava perdido nas lombadas dos livros de magia negra da biblioteca, quando Rabicho apareceu no escuro como um vulto, e então Voldemort queria que ele fizesse coisas...
Recordou-se instantaneamente da cena: O corpo grande e massento se contorceu no chão ante a emissão da dor pela tortura, os gritos lascivos cortavam o ar e perduravam na sala por segundos que pareciam horas a fio, pairando sobre Draco como vozes chamando-o das piores coisas que alguém poderia ser chamado; servo, até que somente a respiração ofegante do homem fosse ouvida pelos presentes ali.
Voldemort estava esganiçando-se de raiva pura quando Rowle retornara a Mansão sem Harry Potter, ou sem a notícia de sua morte. Seus olhos vermelhos e demoníacos diziam por si só que qualquer um que atravessasse seu caminho naquele momento teria um destino bem pior do que a morte. E mesmo que morrer fosse um dos anseios de Draco, ele não queria isso pelas mãos de Voldemort, principalmente depois de tudo o que Blás e Hermione lhe confidenciaram quando ainda era dia, e o sol raiava através das copas das árvores do terreno da Mansão, que agora, nada mais era que breu, e trevas.
— Faça, Draco. — ele ordenou, rangendo a ira em sua voz asmática e colérica — Faça de novo. — indicou com sua varinha o homem que ainda se recuperava da sessão anterior, o brilho de seus olhos era incansável e cruel.
Engolindo em seco, e forçando-se para não tremer, ele apontou a varinha para o homem mais uma vez, seus pensamentos tomados por culpa e remorso, e sua boca liberou aquilo que faria-o perecer diante de seus pés como outrora. "Crucio" ele sussurrou. E mais gritos vieram de Rowle, mais dor e mais tortura...
De todas as maldições existentes e proibidas, a que ele mais repugnava era a maldição da tortura. A maldição que fazia a pessoa se perder entre a dor e as lamentações, aquela que tirava toda a sua dignidade e orgulho, que esmiuçava a pessoa a ponto de fazê-la implorar pela morte. E Draco arriscava dizer que era até mais cruel que a maldição da morte, ou a maldição do controle. Era somente; humilhante.
Draco apoiou a cabeça nos azulejos do banheiro com asco de si mesmo quando sua mente trouxera-o de volta de seu passeio pelas malditas lembranças, sentindo suas têmporas latejarem de dor e a ânsia de vômito grudar na bile, dura e intragável, ao tempo que a água quente corria por sua pele, lambendo-o e retirando tudo o que ele tinha passado na madrugada, e junto a ela, as lágrimas quentes e silenciosa dele se esvaíam pelo ralo, enquanto ele se deixava ser só que ele realmente era; um menino assombrado - e quebrado.
Ele rogava para que um dia conseguisse se desfazer dessas lembranças, que conseguisse viver sem a culpa de ter seguido ordens de alguém como o Lord das Trevas, de ter matado a mando dele - como tinha feito com aquele Comensal. Ele tinha raiva daquele homem, claro que tinha (ele odiava todos os comensais que eram seguidores de Voldemort por vontade própria, pois eles eram pessoas cruéis e sem coração), e ele mataria Rowle sem pestanejar, se algo tivesse acontecido com Hermione, se ela estivesse machucada, ou morta, mas então matá-lo porque Voldemort queria isso, o fazia se sentir sujo e enfatizava o quanto sua vida não dependia mais de si, e sim de outros, ele era só um fantoche na mão de um bruxo imundo e cruel. Só mais um capacho destinado a cumprir os caprichos daquele maldito bruxo enquanto ele vivesse. Aquela marca em seu pulso lembrava isso a ele, sua eterna servidão.
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Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]
FanfictionNada será igual depois desta noite. Um vestido bonito, um baile, uma conversa e uma confissão; podem mudar para sempre a vida dos dois. (Também postado no Spirit)