Sangue e Fogo.

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Roi! Depois de 84 anos eu voltei! 

ME DESCULPEEEM. SOU UMA PÉSSIMA AUTORA, EU SEI. Mas não desistam de mim, please! Vale a pena, eu juro. 

Obrigada aos 83K de visualizações, vocês são por TUDO. AMO TODOS.

Eu gostei desse capítulo! 

Boa leitura!

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Pelo rosto do garoto, havia um rastro de lágrimas secas, estas que ele não tivera coragem de limpar até o momento, uma vez que tudo o que ele menos possuiu fora tempo, realmente para fazer tudo o que queria fazer. E estas lágrimas manchavam sua face magra e ossuda, enquanto ele voava de volta para a Mansão Malfoy - tão depressa quanto um raio -, a enorme propriedade erguida no meio de um terreno mágico e cobiçado, que antes carregava tanta glória, poder e influência quanto seu sobrenome, mas que agora nada mais era do que uma grande casa, com grandes segredos e muita atrocidade escondida em seus calabouço, paredes e até mesmo nas camadas de poeira, que se sobrepunham aos móveis e às tapeçarias raras e caras uma vez que os empregados e elfos que haviam por lá, estavam viajando o mundo por ordem de Voldemort, na tentativa de recrutar ainda mais bruxos e outras criaturas para a Guerra que estava à espreita.

Ele se concentrava em guardar as memórias daquela noite num lugar seguro em seu cérebro, e obrigava-se a aproveitar cada segundo em que ainda podia pensar sobre ela, e seus detalhes tão marcantes, já que isso teria que parar assim que atravessasse os portões mágicos da Mansão, que agora era a moradia de ninguém menos que o Lorde das Trevas.

Draco se deixou pensar o que seu pai ansiava quando entregou a Mansão para Voldemort de tão bom grado, o que ele esperava ganhar do bruxo mau em troca de tamanha demonstração de devoção, e o quão frustrado ele deveria estar se sentindo, pois, sequer era levado a sério pelo mestiço pelo qual tinha tanta estima. Constantemente humilhado pelo seu senhor, escorraçado e judiado diante dos outros Comensais dentro de sua própria casa, era natural que Lucius se sentisse um inútil, e talvez, isso explicasse o motivo dele estar tão engajado em fazer Draco se sentir um lixo - como ele deveria estar se sentindo. Balançou a cabeça em negação, tentando afastar tais pensamentos.

Precisava retornar o mais rápido possível para aquele inferno, antes que dessem por falta dele, e que começassem a rastreá-lo, ou suspeitassem de seu paradeiro.

Entrementes, enquanto lutava para controlar a si mesmo, ou aos sentimentos que ele temia que Voldemort descobrisse, as imagens da bruxa griffana saltavam diante de seus olhos aguados e eram tão fortes quanto o vento que lhe guiava para sua casa.

Merlin, ela estava linda! Como uma rosa desabrochando para a primavera, com um cheiro devastador para ele, que estava há tanto tempo sem sentí-lo. Os olhos brilhantes como o próprio sol, e o rosto sereno e angelical enraizando-se para sempre em suas memórias - naquela ala proibida que ele visitava de tempos em tempos apenas para se sentir especial. Ela estava simplesmente deslumbrante, e ele não pôde dizer isso a ela. Não teve tempo de apreciar, de sentí-la do jeito que gostaria e que seu corpo clamava. Da maneira que seu coração gritava durante as madrugadas quando os pesadelos vinham e ele só queria um colo para se aninhar e se sentir seguro. Não teve quase nada. Nada perto de tudo o que queria ter.

Porém, ainda teve mais do que poderia esperar; confissões profundas e um beijo.

Um beijo saudoso, apaixonado e único.

Era como renascer.

E ele pensando que jamais teria algo assim vindo dela, que nunca mais a teria em seus braços, acolhendo-o no seu abraço.

Mais uma lágrima rolou teimosa por seu rosto, e talvez outras viessem, porque ele sentia em demasia o peso de não poder viver suas escolhas, seu amor, sua vida e conseguir lidar com suas merdas, aquelas que ele mesmo faria.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora