O Que Você Esconde?

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Olá crianças, como vão?
Então, esse é um daqueles capítulos enormes, e este está um pouco sombrio do que os outros, espero que gostem ainda assim...

EU TO NO CÉU COM AS 11K de visualizações de Por Uma Noite. Ela foi a minha primeira fanfic pra esse shiper, e já foi pausada INÚMERAS vezes, mesmo assim, vocês nunca me abandonaram, sempre estão aqui, me incentivando e isso não tem preço. Sou MUITO grata. De verdade!

Este será dedicado ao meu grupo do wpp o @cabaré, onde eu tenho todo o apoio do mundo e as melhores pessoas da vida. ❤

Espero que gostem! 💗

Boa leitura.

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A primeira coisa que Draco se obrigou a procurar no meio daquele mar de gente apressada foi sua mãe.
Seus olhos cinzentos estavam como os das águias sedentas que ele usava num passado que agora parecia longínquo, para caçar com seu pai, e seu coração batia tão depressa e tão rápido que o loiro podia sentir-lo na garganta. Bombeando sua ansiedade esmagadora.

E então tudo explodiu dentro dele quando a viu, parada um pouco mais adiante, longe do tumulto.

Ele se apressou, puxando o malão consigo em sua pressa desmedida. Tudo ao seu redor se tornando turvo e sem qualquer importância mediante o que conseguiu constatar com seus próprios olhos; Narcisa estava viva!
Jogou-se no colo dela assim que a distância se esvaiu. Os braços longos dele rodearam o corpo magro de sua mãe - mais magro do que a última vez que a viu -, e mesmo com todas aquelas pessoas ao redor ele não se importou em se derramar. Em mostrar sua fragilidade. Nada mais importava. Ter notícias suas sendo levado como fraco, mimado, infantil… Isso tudo era irrelevante. Estar nos braços dela depois de meses de aflição era um alívio sem precedentes, e se pudesse, faria aquele lugar de refúgio para sempre. E se esconderia do mundo… De todos.

Pegou o rosto da sua mão entre as mãos depois de algum tempo, dando pequenos beijos em sua face como poucas vezes havia feito. Eles não eram dados a muitas demonstrações de afeto, sempre mantendo perante a vista de todos a imponência do que era carregar um sobrenome tão pesado quanto o seu, e com Lúcios sempre repetindo como um mantra que sentimentos eram coisas de pessoas fracas, mas Narcisa era a pessoa que ele mais amava na vida. Foi ela quem esteve ao seu lado nas madrugadas em que os primeiros pesadelos vieram muito antes dele ter sua liberdade roubada, foi ela quem amenizou as punições que ele recebeu quando era apenas um menino e não fazia ou satisfazia as vontades de Lúcios totalmente. E o mais novo dos Malfoys sabia que ela tinha feito tudo o que estivera ao seu alcance para evitar que as coisas se tornassem o que eram agora. Porém, ela não possuía voz e poder o suficiente para intervir. Seu pai era deslumbrado com a ideia de poder que Voldemort lhe idealizava, e tão tolo acabou jogando na vala o seu próprio nome, aquele que as pessoas se intimidavam somente ao ouvir e que ele tinha orgulho de carregar.

Draco limpou os olhos rapidamente com o dorso de sua mão, se afastando um pouco, só o mínimo, para tentar se recompor.

— Meu filho! — os olhos de Narcisa também estava aguados, e ela apertou o filho como se aquilo fosse uma despedida, e não um encontro.

— Graças a Salazar você está bem! — Draco pontuou, a voz era apenas um sussurro no meio daquele furdunço todo. Uma prece, em seu mais íntimo; um agradecimento.
Narcisa lhe sorriu. Talvez fosse o primeiro sorriso real dentro de meses. Ou desde que seu pai fora preso e sua casa profanada. De qualquer forma, mesmo com os olhos dela vermelhos, e seus lábios trêmulos, ele gostava de vê-la sorrindo.

O loiro a soltou, ainda que seu corpo gritasse pelo aconchegos dos braços de sua mãe, sabia que teria de enfrentar todos aqueles comensais e seu Lord, que com toda a certeza do mundo iria ser o primeiro a lhe importunar. Cobrar, espremer.
Suspirou.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora