Escolhas.

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Draco só precisou contrabandear um kit mata aulas dos gêmeos Weasleys para que pudesse se livrar do jogo naquela manhã fria e coberta de neve. Quem algum dia poderia dizer que ele estaria agradecendo aqueles dois cabeças ruivas traidores do sangue por criar algo que pudesse ser realmente útil? Ele agradece por isso, mas não na cara deles, ou em voz alta.
Merlin sabe quão doloroso havia sido a ele decidir que não participaria do primeiro jogo da temporada de Quadribol, e mais ainda dando a chance da vitória para a Grifinória, que seria sua adversária na partida, mas ele simplesmente possuía outras prioridades agora, e não tinha mais chances para protelações, seu cerco estava cada mais apertado, e o loiro dos olhos tempestuosos tinha medo que enlouquecesse antes do seu ano escolar acabar.

Snape o olhou com deboche quando ele tossiu e tornou a abaixar a cabeça para vomitar no balde que Blás trouxera para ele logo quando os efeitos das vomitilhas começaram. Draco colocou para fora tudo o que havia ingerido no jantar e então ergueu a cabeça de volta, fazendo uma careta de que tudo poderia voltar a acontecer.

— Ele não tem condições algumas de jogar hoje. —anunciou a Madame Pomfrey, e um coro de “ahhh” foi entoado pelos jogadores de time que estavam ao redor da cama do loiro.

— Não podemos jogar sem ele! — contrapôs-se Blásio, uma enorme carranca encobrindo seu rosto.

— Se você quiser vômito para todo o lado e velar o corpo dele antes de meia hora de jogo então deve mandá-lo àquele campo. — disse a curandeira carrancuda, guardando os seus pertences em uma pequena bolsa de pano. — A decisão e responsabilidade é completamente sua, Prof. Snape. —  Ela encarou o homem de cabelos escuros com seriedade. — Sr Malfoy precisa de repouso. — alertou a bruxa e sem dizer mais uma palavra, mas dando um olhar feio para o Zabine, ela saiu do dormitório.

O professor enrugou o nariz e revirou os olhos, soltando o ar lentamente, ele virou-se para os outros alunos e disse :

— Saiam todos.

Sem questionar, de um a um, todos os outros garotos deixaram-no a sós com Malfoy. Ele olhou para Draco com desprezo, antes de colocar os feitiços silenciadores para impedir que qualquer curioso ouvisse a conversa dos dois.

—  Eu sei o que está fazendo. — Snape advertiu, olhando-o seriamente.

Draco encarou seu antigo professor de poções e padrinho, e deu um sorriso amarelo, pegando de debaixo do travesseiro a bala que era o antídoto das vomitilhas.

—  Não tenho escolha, você também sabe disso. — o loiro disse, engolindo a  bala e sentindo aquele enjoo no estômago lhe deixar instantaneamente.

—  Espero que aproveite o dia de hoje, e que essa derrota valha a pena. — resmungou o homem de cabelos escuros.

O Sonserino apenas assentiu e levou as mãos para trás da cabeça, deitando-se de forma mais confortável. Nenhum pouco satisfeito, Snape saiu do quarto do loiro deixando-o enfim sozinho.
Em seu inconsciente Draco concordava com Snape mais do que gostaria de admitir.

~~*~~

As coisas entre Hermione e Rony estavam indo de mal a pior, mas naquela manhã de jogo de Quadribol, ela julgou que poderia superar suas diferenças para apoiá-lo, sabia o quanto era importante para ele, até porque, foi por ele que trapaceou, foi por seu amor e carinho que confundiu Commarc para que Rony pudesse entrar no time, isso significava mais do que qualquer coisa que ela se importava com ele.
Ela havia vestido-se toda a caráter para o jogo, com sua camisa de time, sua quase cartola e o cachecol, podia não entender nada das regras do esporte, ou basicamente não se importar tanto quanto Harry e Rony, mas adorava a energia que as partidas deixavam no ar, algo contagiante e muito envolvente, e disso ela gostava, de verdade.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora