Oieeeee! Olha quem apareceu aqui no meio da semana, quase meia-noite: EU! Estava com muitas saudades de vocês, mas precisei focar em outras coisas nas semanas que se passaram e por isso não deu para vir no domingo. BUT, cá estou.
Esse capítulo DOEU MUITO. Chorei bastante enquanto escrevia, principalmente as cenas finais. A batalha de Hogwarts e as perdas que temos nela mexe comigo até hoje e sinceramente não sei se um dia irei superar.
Espero que gostem, de verdade!
Boa leitura. Não esqueçam de votar e comentar.
Ah, a minha inspiração para esse capítulo foi a música I See Fire - Ed Sheeran 💗
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E se a noite está queimando
Eu cobrirei meus olhos
Porque se a escuridão voltar, então
Meus irmãos morrerão
I see fire - Ed SheeranA aurora já começava a despontar no horizonte.
O céu que outrora fora escuro e sombrio como o momento exigia, começava a se desfazer com o avançar das horas e ainda que eles tivessem a sensação de que o mundo jamais iria sair das sombras que Voldemort trouxera consigo, o sol se levantaria em breve para mostrar-lhes o contrário.
E talvez isso fosse bom. Talvez fosse o que precisavam.
Malfoy levou a mão a cabeça, numa tentativa vã de aliviar a dor nas têmporas e notou que havia algo jocoso escorrendo por sua testa. Suas roupas negras estavam cinzas por conta da poeira que se agregara a si sem sua permissão, e sua perna direita latejava em demasia, Draco não saberia dizer se aquilo seria obra da segunda ou terceira vez que fora arremessado por algum feitiço, parede explodindo, ou o qualquer outra coisa naquela noite que o fez voar vários metros. Ele não se lembrava ao certo de nada, tinha muita coisa acontecendo a um tempo só, e se ele parasse para tentar assimilar, sabe Merlin o que poderia acontecer.
Engoliu em seco sentindo a garganta arranhando pela falta de hidratação. Seus lábios já estavam ressecados e sua língua tinha gosto de terra, poeira e sangue, mas apesar de tudo isso, de cada sensação intrusa e desagradável que girava em seu âmago, Malfoy sentia a adrenalina correndo quente em suas veias. Seu coração bombeando fortemente contra sua caixa torácica quando sua varinha brandia feitiços na direção dos Comensais, dos apoiadores dele, dos vilões. Daqueles que tiraram a vida de seu melhor amigo. Que obrigariam-no a passar o resto de seus dias sentindo na alma a falta de Blás. Todos eles mereciam um destino pior do que a morte.
Todos eles mereciam perecer no mais profundo inferno.
E naquele momento em que ele lançava maldições imperdoáveis e feitiços ofensivos a torto e à direita em seus inimigos, Draco se sentia ainda mais agradecido por não ser como eles e não ter se deixado contaminar quando aquela parecia ser a única saída que tinha para salvar a si mesmo e sua pobre mãe, uma vez que seu pai já estava fadado a sucumbir desde sempre. Ele se recordava com precisão como era se sentir ser levado pelas trevas, como as garras do mal fincaram-se em sua pele e através dela, e por muitas vezes ele julgou que não havia mais salvação. Não havia rendição. E ele se odiava por isso. Mas descobriu que há tempo para tudo, até mesmo para mudar de lado.
Não que tenha sido fácil, obviamente.
Por muito tempo o loiro se considerou um dos vilões, e nunca se esforçou realmente para sair deste posto. Um Malfoy não fica bem no lugar do mocinho. Existe uma escuridão natural em alguém nascido como ele e o sonserino sempre abraçou essa sua faceta, sempre admitiu sua própria obscuridade. Mesmo agora lutando ao lado daqueles que apoiavam Potter e o falecido diretor Dumbledore, ele ainda tinha dificuldades de sentir que fazia parte daquilo, todavia, não podia se esquivar de como aquilo o fazia se sentir. De como o tornava distinto de tudo o que já fora, ou pensara que fora. Alguma coisa dentro dele parecia apenas se ascender. Expandir. Florescer. Uma nova face, um novo ele. Mais aberto. Mais disposto e muito mais livre.
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Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]
FanfictionNada será igual depois desta noite. Um vestido bonito, um baile, uma conversa e uma confissão; podem mudar para sempre a vida dos dois. (Também postado no Spirit)