Os olhos dela.

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Oieeeee. Demorei pra caralh0 pra voltar, eu sei! Mas eu estava tão empenhada em terminar meu livro, e estava sendo tão difícil desenvolver esse capítulo que uma coisa levou a outra e por isso ficamos tanto tempo sem nos ver, BUT, cá estou. 

Esse capítulo ainda vai doer. Os últimos sempre doem. Pensei que ia conseguir escrever sobre a batalha em um ou dois capítulos... Que boba me fiz ser! 

Mesmo assim espero que gostem. 

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Pesado.

O ar que adentrava suas narinas em direção aos seus pulmões era pesado, denso, quase duro. Seus olhos azuis-cobalto estavam fixos no que havia estirado no chão. Seus pés pareciam pesar toneladas, não conseguia sair do lugar, não conseguia mover sequer um músculo. Tinha receio de que tudo ao seu redor se desfizesse ao mero movimento.

Não sabia se estava realmente silencioso, mas ele não ouvia nada além das batidas espaçadas e quase inexistentes de seu próprio coração. Até mesmo a batalha que rangia lá fora com toda a sua força parecia ter parado no momento que ele dera seu último suspiro.

Não.

Não.

NÃO!

E então, sim.

Seus pensamentos se tornaram coerentes, ou ao menos fizeram sentido, mesmo que ele preferisse continuar no limbo das incertezas, se isso significasse não precisar encarar a realidade tal qual ela era.

Não podia ser.

Não era real.

Era apenas mais uma tortura incitada pelo Lorde das trevas. Alguma coisa maligna restante daquele diadema que acabara de ser destruído, e adentrara em seu núcleo na intenção de fazê-lo perecer.

Blás estava vivo.

E tudo o que ele via - a vida que ele não via -, nada mais era do que as imagens implantadas na sua mente. Mais uma das artimanhas sujas e medíocres do lord para fazê-lo temer seu nome, e mantê-lo no cabresto, pronto para obedecer suas ordens imundas e vis.

Contudo, todos ao seu redor estavam apenas estancados no lugar assim como ele. Olhando sem reação para os corpos que jaziam cobertos pelos escombros. Os olhos de ambos os garotos estavam opacos e fixos como jamais foram, no rosto do Weasley ainda restava o fantasma do seu último sorriso, e Zabini mantinha-se imóvel como poucas vezes o fora.

— Vamos, Blás! — a voz de Pansy trouxera-o do torpor. — Por favor, levanta! — a sonserina pedia, o horror e o medo tangíveis em sua voz. Ela ergueu o olhar para Draco, e o loiro viu suas orbes brilhantes pelas lágrimas e pela sentença amarga como fel.

Blásio Zabini se fora.

De repente, um filme inteiro passou diante dos olhos do Malfoy. Todos os momentos em que Zabini fora seu apoio, seu suporte, seu confidente. Seu melhor amigo. Aquele irmão de alma que a magia providenciara para dar mais alegria a sua vida fodida e quebrada. Blás foi sua alegria nos momentos mais duros, foi sua luz, sua esperança, foi seus braços e suas pernas. Ajudou-o em seu relacionamento proibido com Granger, ajudou-o a passar pelas provações de se tornar um monstro. Blás esteve lá com ele em seus piores momentos. O sonserino não conseguia conceber como seria sua vida a partir daquele momento sem a aura intensa e vivida de Blásio para lhe dizer que deviam aproveitar, que não sabiam se estariam vivos no final de tudo. Talvez Blás soubesse de sua morte, ou talvez apenas conseguisse visualizar as possibilidades, todas elas.

Draco apenas sentiu seus joelhos batendo no chão de pedras quando seu corpo finalmente cedeu diante dos dois corpos, a visão dele se tornou turva por conta das lágrimas que saíam como uma cachoeira.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora