Águas de Março.

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Oioiii!!! Olá vocês! Sei que demorei, me desculpem, as coisas estão tão corridas na vida, e pra completar eu estava sem notebook (longa história), mas tudo okay já, enfim, muitos imprevistos.

De qualquer forma; OBRIGADA PELAS 20k de visualizações que vocês me deram 😊❤❤ meu coração não ta cabendo dentro do peito de tanto amor, sério, vocês são demais!

Espero que gostem desse capítulo.

Boa leitura!

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01 de Março - Hogwarts

Através de uma pequena janela Draco podia ver a noite avançando o pôr-do-sol, comendo aquele tom alaranjado do céu e levando seu princípio de calor bem vindo com o início da primavera, tornando o clima escuro e frio como sempre é no final do inverno. A transição de estações era uma coisa curiosa de se observar. Entender que no começo do dia havia um sol que dava ilusões de um dia e quente e então quando ele se punha as coisas voltavam a ser geladas e úmidas era engraçado, inconstante. Ele tinha aprendido a gostar depois de algum tempo, depois de ter de abrir mão de muitas coisas que ele amava. Observar as mudanças climáticas e ao seu redor era quase como uma terapia.

Precisava disso senão iria enlouquecer!
E estava perto, muito perto de um colapso mental.

A gotícula de suor que escorreu de sua testa até suas bochechas era o espelho de seu cansaço e de quantas horas ele estava ali, naquela sala quente, abafada, com cheiro de podre e mofo... Um purgatório antes do inferno. Um mínimo presságio de tudo o que estava perto dele. Os céus sentiam, as coisas não estavam tão distantes.

Incansável.

Era isso que Draco Malfoy achava que Voldemort era.

Incansável.
Invencível.
Intocável.

Seu oposto polar, uma vez que ele não suportava mais as intromissões, as dores, as torturas psicológicas e físicas, as tentativas inconstantes - e frustradas de obter seu tão sonhado êxito. Precisava de um pouco de descanso, ou quem sabe, paz.
Seu Lord programava-se minuciosamente para atacar o mundo uma outra vez, e se ele, Malfoy, finalizasse a missão que lhe foi dada, a vitória das trevas era muito possível. E sua culpa sobre isso seria indiscutível. E todo o remorso que ele carregava apenas por antecipação fazia ele perder o sono em muitas noites. E se dispersar em pensamentos durante os dias, mesmo os claros.
Antes, Draco estava literalmente tocando foda-se para o mundo bruxo. Que se matassem e ruíssem por sua ganância, ignorância e prepotência, e se ele fosse junto com eles, pouco importava. No entanto, agora, havia muito mais coisas em jogo, mais pessoas que ele julgava não terem de pagar por uma dívida que não era sua. Inocentes que teriam suas vidas roubadas por um louco egocêntrico. E se ele ganhasse, ela perdia, e só Merlin sabe o que poderia lhe acontecer.
E ela merecia o mundo. Ela era incrível em todo o significado da palavra, mesmo quando ele estava bravo e tentava tirar dela todos os méritos, não conseguia. Ela perfeita, mesmo que não fosse perfeita para ele. Que não coubesse ou se encaixasse em seu mundo imundo e quebrado.

O loiro deixou que um suspiro saísse, agachando-se em frente ao armário sumidouro e encostando a testa suada no objeto, sentindo de volta a dureza fria da madeira negra e toda a magia que ele tinha usado nele saindo e se perdendo no ar, no vento. Talvez aquilo fosse inútil. Talvez não tivesse como consertar, ou só talvez ele nunca fosse conseguir os encantamentos corretos, os feitiços certeiros. Ele estava ali há mais de uma horas e não tivera progresso algum desde a última sessão.
Estava exausto, mas podia tentar uma outra vez. Um novo feitiço, quem sabe?

Se ergueu depressa, e se afastou do armário, procurando pelo livro com os encantamentos sobre "Consertos de Objetos Mágicos e Outras Coisas", e procurou por algum que se enquadrasse melhor no objeto que ele queria restaurar.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora