O Duelo Final

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Oieee. Conforme prometido: CÁ ESTOU. 

Antes de tudo gostaria de dizer que esse capítulo ficou enorme. E achei que fico fechado com tudo o que preciso. Vocês vão perceber que usei algumas frases dos livros e também dos filmes, mesclei porque gosto de ambas as versões e achei que faria sentido do jeito que ficou. Espero que gostem. 

Dedico esse capítulo a Ludimila - obrigada por sempre pedir 💗

Boa leitura! 

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Hermione manteve-se sentada na escadaria de pedras — ou o que restara dela —, onde viu Harry pela última vez, por muito tempo. Tempo o suficiente para o amigo já ter regressado, ou o bastante para que as notícias, se fossem más, já terem alcançado o castelo de ruínas e assolado cada pessoa existente ali. Acabando com as esperanças de que o bem venceria, de que eles haviam saído daquele show de horror vitoriosos apesar das perdas, que os sacrifícios não foram em vão. De qualquer forma, era tempo suficiente para já ter notícias de Harry, ou talvez, fosse apenas sua ansiedade se projetando através do seu julgamento acerca do que acontecia ao seu redor, e o tempo não tivesse passado de fato, e o Potter tivesse acabado de sair para se encontrar com o vilão, ela não saberia precisar. Sua mente estava enevoada com todos os pensamentos, com as orações que enviava ao amigo, e os pedidos de que, logo mais, ele voltasse para ela. Para todos eles.

Não queria arredar seus pés dali. Na verdade, tudo o que a bruxa queria era ir atrás dele, e ajudá-lo a enfrentar Voldemort como deveria ser. Lutar com ele até que vencessem. A castanha temia que sozinho o amigo de olhos verdes não fosse páreo, pois tinha certeza de que Voldemort não se importaria se Harry estivesse em condições de duelar contra ele de forma justa ou não. O autodenominado Lord não era justo, ou leal, como ela havia presenciado há pouco, quando o mesmo assassinara Snape, seu servo mais antigo e dedicado.

Observou o céu mudar suas cores e tons de azul-escuro para o roxo e o alaranjado, e que em breve voltaria a ser cobalto, ou quem sabe até mesmo anil. Aquele tom de azul claro límpido, brilhante, e como deveria ser já que estavam na primavera e soltou o ar pesadamente e com isso, soltou um gemido que parecia reverberar por todo o seu corpo.

Agora que tinha parado, que a adrenalina havia baixado, o sangue esfriado e que somente a angústia rodopiava em seu âmago, podia sentir as dores. Seu corpo todo doía, lugares que ela sequer sentira bater anteriormente agora latejavam insistentemente, tornando até mesmo a posição em que ela estava incômoda.

Estava cansada.

Dolorida.

E com medo.

Estava triste também.

Perdida.

Dispersa.

Não conseguia ficar muito tempo no Salão Principal, não conseguia olhar para todos aqueles corpos, os conhecidos e os desconhecidos e não se sentir mal. Por ter resistido. Por ter sobrevivido.

Uma parte dela se sentia culpada somente por estar viva. Por respirar, apesar de toda a dor.

Os Weasleys perderam Fred.

Os Sonserinos perderam Blásio.

Tonks, Remus, Colin... Tanta gente se foi. Tantas vidas foram ceifadas por conta daquele lunático faminto por poder.

Antes deles foram Dobby, Mood, Dumbledore, e até mesmo a pobre Edwiges... Sirius, e no começo de tudo, os Potters, e tudo isso formava uma bola pesada que puxava-a para baixo.

Hermione sabia que nada do que aconteceu naquela noite era sua culpa, tampouco do que acontecera antes, nos primórdios... Sabia que deveria estar aliviada por quem conseguira sobreviver, aproveitar o tempo — que era tão raro e que não voltava. Só não conseguia. Porque parecia injusto. Então, como se sentiria feliz por estar viva, se seu coração sangrava da mesma forma?

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora