Demônios Para Encarar.

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Oieeee! Tô muito mocinha postando certinho pra vocês. 

Eu amei esse capítulo, ele é tão especial e necessário. 

MUITO OBRIGADA AOS 90K DE VISUALIZAÇÕES! VOCÊS SÃO F*ODAS!

Boa leitura!

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Hermione olhou por detrás da cabeça de Harry Potter, encarando Ronald dormindo tranquilamente e então suspirou quando sentiu a mão de Harry em cima da sua.

Eles tinham conseguido escapar do Ministério, e haviam conseguido apanhar o medalhão, porém, as coisas se descontrolaram em sua fuga e ao invés de voltarem para o Largo Grimmauld n°12, onde Monstro estava preparando o almoço, estavam acampados em uma barraca no meio de uma floresta que ela tinha visitado em umas das férias com seus pais, enquanto um de seus melhores amigos se recuperava depois de ter estrunchado durante a aparatação.

A castanha coçou a cabeça, levando o conteúdo de sua caneca até os lábios e bebendo o chá, tentando acalmar a si mesma do vendaval que estava se arrastando em seu interior, e tornando-a uma confusão viva de sentimentos e receios.

— Ele é forte, vai ficar bem. E você vai estar brava com ele mais rápido do que pensa, você vai ver. — Harry afirmou, falando sobre Ron, esboçando um meio sorriso tranquilizador, mas ela não tinha muita certeza daquilo, embora quisesse acreditar com veemência.

Hermione tinha se preparado para cuidar de ferimentos e outras coisas que pudessem acontecer eventualmente, no entanto, não imaginava que teria um de seus amigos convulsionando sobre o próprio sangue tão depressa.

Talvez ela tivesse subestimado demais a missão de caçar horcruxes e agora isso estava acabando com ela.

— Estou com tanto medo, Harry. — a garota desabafou repentinamente, colocando a mão livre em cima da do amigo de olhos verdes. — Hoje foi por um triz, e agora não podemos voltar para o Largo, e não poderemos entrar em contato com o sr. Weasley. — ela apoiou a cabeça na mesa e suspirou, mordendo os lábios em seguida. — E se não conseguirmos? E se tudo isso for em vão e ele ganhar? — ela não conseguia imaginar como seria viver em um mundo que Voldemort governasse.

Estava tentando se manter forte, e ela sabia que precisava se manter o mais sã que a situação pedisse. Mas, ela ainda era só uma menina que teve que abdicar dos pais, do garoto que amava, e de sua segurança para salvar um mundo que, sendo sincero, nunca tinha dado a mínima para ela. Era normal sucumbir ao medo pelo menos uma vez na sua vida.

— Eu não sei, Hermione. — Harry respondeu com sinceridade — Não faço ideia de onde estão as outras horcruxes e nem como faremos para achá-las, mas acredito que o próximo passo para impedi-lo de conseguir o poder que deseja, é destruindo o medalhão. — Potter soltou o ar e olhou para Rony também. — Eu vou lutar contra ele até meu último minuto de vida. O que lamento realmente é que esteja levando vocês para essa loucura comigo. Isso não é justo.

— Somos seus amigos, Harry. — Hermione pontuou seriamente. — Não vamos discutir isso novamente. — concluiu de forma dura e se levantou da mesa, levando consigo sua caneca — Vou vigiar lá fora.

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A primeira coisa que Draco sentiu quando encarou aquele castelo de pedras alguns dias antes foi desconforto. Como se os olhos azuis de Dumbledore estivessem encarando-o de volta através daquelas paredes ou da estrutura, sussurrando os segredos que ambos sabiam sobre sua morte e uma outra dúzia de coisas que ele não era capaz de contar nem mesmo a sua própria sombra. Culpando-o, atormentando-o.

Os dias que sucederam sua chegada foram estranhos, pesados e só enfatizavam o quanto que Hogwarts estava fadada a ser consumida pelas trevas que também o puxavam para trás, como uma maldita força magnética que ele não tinha como se libertar, e com Snape como diretor, o sentimento de impotência só se instaurava em seu peito mais profundamente, criando raízes e florescendo outros sentimentos macabros e que só tinham o único intuito de impeli-lo em direção ao mal, às trevas. A angústia e a amargura por exemplo, haviam se instalado em seu coração com tanto afinco, que ele temia que fosse definitivamente dessa vez. E todos os dias em que ele acordava e se dava conta que estava preso naquele castelo, longe das informações e da possibilidade de saber qualquer notícia dela, ou de fazer qualquer coisa para que pudesse protegê-la, os sentimentos ruins consumiam-no mais e mais, era como uma mancha, encharcando-lhe de vez.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora