Sonhos.

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Apesar da neve cair sem pudor em toda extensão do castelo e das tempestades que rasgavam o céu durante a noite dando a impressão de que o mesmo iria despencar a qualquer momento, aquele dia estava lindo! O raios de sol embora fracos eram suficientes para fazer com que alguns corajosos se aventurassem nos jardins, buscando ter aquele calorzinho gostoso que somente o sol era capaz de dar-lhes.

Mais uma porção de dias havia se passado desde que Hermione fizera sua ronda sozinha - por conta de Ronald estar com os deveres atrasados - e aquela noite que ela ajudou o Malfoy bêbado, muito infelizmente havia se juntado aos outros momentos digamos que, inusitados, que a pequena castanha vivera com o loiro arrogante.

Tudo faziam-a ficar cada vez mais confusa em saber como lidar com o garoto bipolar da casa rival. Porém a castanha resolveu ignorar o acontecido com a desculpa que ele estava agindo sob efeito do álcool. Senão jamais faria tal comentário a respeito dela. E de certa forma essa desculpa esfarrapada fazia seu coração mais leve e livre de outros questionamentos como aqueles que ela se fez desde a noite do último jogo de Quadribol. Entrementes também sempre que se via diante de um espelho se pegava observando os próprios olhos, como se buscasse ver neles o mesmo que Malfoy.

O dia praticamente voando, e quando deu por si estava no Spassoualão Comunal escrevendo uma carta um tanto que exagerada para seu "amigo" Viktor enquanto o outro amigo contava para ela e para Ronald sobre seu beijo na asiática da Corvinal.

— E como foi? - Rony quis saber, o ruivo estava empolgado pela conquista do amigo moreno -

— Molhado. - Harry contou observando a cara de intrigados dos amigos - É que ela estava chorando.. - ele explicou -

— Ah! - exclamou Rony - Você é ruim assim de beijo? - quis saber -

— Não sei! - ele respondeu - Vai ver sou! - deu de ombros -

— Claro que não é! - exclamou Hermione -

— Como é que você sabe? - Ronald perguntou ríspido -

— Porque Cho tem chorado o tempo todo! - disse a castanha simplesmente -

— Então era de se esperar que umas beijocas a animassem.. - disse Rony sorrindo -

— Rony! - repreendeu Hermione com um olhar severo -

— Que foi? - ele perguntou - Que tipo de pessoa chora enquanto está sendo beijado?

— É que tipo? - Harry também quis saber -

— Vocês não entendem como ela está se sentindo nesse momento?

— Não! - responderam em uníssono, Hermione revirou os olhos -

— Bom, ela está triste pela morte do Cedrico, confusa porque gostava do Cedrico e agora gosta do Harry, imagino que também esteja se sentindo culpada por ter beijado ele, em conflito com a Umbridge que quer despedir a mãe dela e com medo de ser expulsa do time de Quadribol porque está voando mal.. - concluiu a castanha -

Um silêncio se formou por alguns segundos até que Rony falou:

— Uma pessoa consegue sentir tudo isso? Eu explodiria! - afirmou fazendo uma careta engraçada -

— É porque você tem a amplitude emocional de uma colher de chá! - comentou Hermione maldosamente -

Ronald fez uma careta ao comentário da amiga mas em seguida sorriu abertamente arrancando gargalhadas dos outros amigos.. Depois de mais alguns minutos de conversas com seus meninos Hermione decidiu ir deitar-se..

Hermione acordou cedo - como sempre - naquela manhã de quinta-feira. A noite anterior havia sido tranquila e pela primeira vez em semanas que ela não pensou em certos olhos antes de dormir. O que para ela significava que finalmente estava "voltando à razão". Espreguiçou-se gostosamente antes de levantar e fazer sua higiene matinal, disposta a ter um dia maravilhosamente proveitoso.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora