A Queda do Ladrão.

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Olá, olá, olá amores. PRIMEIRA ATUALIZAÇÃO DE 2022!✨

Saudades de mim nesse recesso? 

Bem, estou feliz por estar de volta, trazendo os momentos finais dessa história. Falta tão pouco agora que já estou ficando triste hahaha

Esse capítulo está intenso como manda o figurino, e espero do fundo do meu coração que vocês gostem!

Não esqueçam de comentar MUITO e votar, ok? Isso me ajuda demais. 

Boa leitura! ❤️

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O sol sequer havia nascido. As estrelas ainda respingavam acima do mar e dos rochedos que ladeavam o pequeno chalé aquelas horas da manhã.

Do quarto onde se arrumava, Hermione conseguia escutar as respirações pesadas dos outros hóspedes espalhados pela casa, perdidos em seus sonhos - ou pesadelos, e de tudo o que haviam vivido até chegarem ali. Conseguia ouvir o som das ondas batendo forte contra a pedra das montanhas adiante, e sentir o cheiro do vento salgado que adentrava sua janela parcialmente aberta. Apesar de tudo, sentiria falta daquele lugar. Da beleza intocada e selvagem que via quando olhava em volta, e das pessoas que acolheram-na e cuidaram dela em um de seus piores momentos. Um dos mais sombrios.

Estava inteira outra vez, superficialmente falando, é claro. A dor que vivenciara na Mansão Malfoy era algo que tinha ido além de sua pele, tinha atingido sua alma, tocado suas feridas abertas, suas maiores lamentações e usado isso contra ela. Tinha quebrado-a profundamente e de uma forma imensurável, e ela sabia que aquilo não ia cicatrizar tão cedo, e talvez, jamais cicatrizasse. Teria que aprender a viver e lidar com isso, com mais esse trauma.

Mas era bom voltar ao normal, ou o mais próximo disso que conseguisse chegar. Era bom não ser mais tratada como algo frágil que pode se quebrar com uma queda como vidro, a quem as pessoas olhavam sempre com preocupação de que fosse ruir ao mero impacto. Hermione nunca foi essa pessoa, nunca foi essa garota indefesa e frágil. Ela era garota que partia para a briga sem medo de saber se ia dar conta ou não. Aquela que enfrentava o vendaval que fosse para proteger o que acreditava e aqueles que amava.

A coragem desmedida (e às vezes perigosa e impulsiva), era uma das maiores características da Grifinória que ela possuía em si, e quem sabe, esse era o motivo por ela não ter ido parar na Corvinal, por mais inteligente que fosse.

Sabia que havia se colocado em perigo mais vezes do que deveria se orgulhar, todavia, não podia se arrepender dos seus feitos, pois todos os seus caminhos, suas escolhas e decisões tinham levado-a exatamente onde estava; prestes a cumprir um plano que dava todos os indícios que ia dar errado. Ainda assim, independente de sua lógica que pulsava para que eles recuassem enquanto tinham tempo, lá estava ela embarcando em mais uma aventura com Harry e Ron, não tendo nenhuma certeza acerca do que os esperava.

A jovem bruxa piscou, trazendo sua mente dos devaneios e então suspirou, fixando seu olhar para a figura que a encarava de volta. Ainda era ela; com olhos âmbar, dentes grandes, cabelos castanhos, corpo pequeno e magro.

Em sua mão, o pequeno frasco com a poção polissuco e um fio de cabelo de quem ela queria se transformar.

Hermione engoliu em seco, enchendo os pulmões de ar e elevando o frasco até a altura dos olhos, olhando-o seriamente por alguns segundos, até usar de sua coragem para destampá-lo e levá-lo até os lábios, deixando a essência da outra adentrar em seu organismo e fazer as mudanças necessárias.

Sentiu seu corpo e seus ossos se expandindo, suas feições se transformando, tomando posse do corpo de outra pessoa, uma que a castanha detestava.

Por uma Noite -Dramione [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora