Capítulo 8.

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Meu estômago está embrulhado, meu coração disparado. Deus o que Dona Flora quer com estas roupas? Roupas? Isto nem pode ser chamado assim, é um eufemismo.

Estou neste exato momento olhando uma mulher com uma camisola vermelha até o meio das coxas com um decote generoso no busto e de alças, com cabelos escovados, com sapato de saltos alto preto, e a maquiagem? Olhos esfumaçados com preto e boca vermelha. Esta imagem está plantada em frente a um espelho de corpo inteiro na sala da Dona Flora. Esta mulher sexy sou EU. Sinceramente? Só faltou a cinta liga que eu bati o pé não querendo usa-la. Este trabalho todo foi a Julieta, outra loira, que trabalha na área de massagem também, porém ainda estou decifrando esta incógnita de estar vestida deste jeito. Mais se eu questionar é capaz de perder meu emprego, e isto está fora de cogitação.

Saio da sala ao comando de minha chefe, rumo a minha própria.

Porque estou vestida assim? Estou achando-me uma idiota. Vestida deste jeito para tender um homem milionário com muitos bens, só espero que não passe dos limites.

Senhor Ruck, imagino um homem com seus quarenta e poucos anos, louro com olhos castanhos, carrancudo, mal humorado e que está fora de forma, ou seja, gordinho.

Dona flora deixou esta massagem por minha conta, então terei que providenciar o que farei.

Vamos ver, posso fazer uma massagem com velas que é uma delícia, poderia usar aquela lâmpada que é usada na cromoterapia que tem infravermelho, para quem não sabia para que usa-la não é mesmo? Sorrio com meu pensamento.

Acendo a vela, usarei uma vela afrodisíaca, de morango com baunilha, que cheiro incrível. Ainda com a vela nas mãos, de olhos fechados sentido seu cheiro entrando em minhas narinas, a porta se abre e entra um homem alto, ombros largos, cabelos pretos, musculoso, de terno e gravata escuros, seus olhos não consegui identificar sua cor, porem são hipnotizantes. Uau, ele é lindo de morrer. Deve ter seus trinta e três anos. Quando percebi que iria começar a babar, fechei a boca e fui caminhando para chegar em sua frente e cumprimentá-lo.

- Boa tarde! Presumo que seja o Senhor Ruck? – perguntei com voz e postura profissional deixando meu desentendimento que a pouco ocorreu com meu interior quando fiquei observando este belo homem.

- Boa Tarde senhorita?

- Tonial

- Muito bem, sou Allan Ruck, marquei um horário, a senhorita seria minha alugada? – Alugada? Mais que diabos é isto? Estou vendo desejo em seus olhos quando olha para minhas pernas e vai subindo seu hipnotizante olhar para meu busto e para em meus olhos azuis.

- Sim senhor, sou sua "massagista" – enfatizei o massagista para ele entender bem o que somente farei para ele, mesmo estando com estes pedaços de pano que nem de traje posso chama-los.

-Como quiser senhorita, a propósito, esta roupa está aprovada. – ruborizei, como não ficar vermelha diante deste deus grego?

- Obrigada senhor, pode deitar na maca, por favor? - perguntei solicita, rezando para ele aceitar e deita-se de uma vez para estas sensações em meu corpo cessarem.

- Claro senhorita, mais será que antes posso despir-me? – oque? Deus, esqueci até de respirar. Como fui esquecer-me de pedir para ele se despir? Quando parei de pensar e olhei para ele, ele estava com seu olhar escuro em mim, me analisando. Começou retirando sua gravata, seu blazer, camisa de botões tirando cada um de sua casinha lentamente, seus sapatos, meias, calças e a cueca. Ops? Não acredito que ele fez isso...... pela primeira vez, depois de tanto tempo, estou vendo um pênis em minha frente, em sua magnitude.

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