Bônus Allan!

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Para matar um pouquinho a ansiedade de vocês.

muitos beijoss...

Quero comentários e estrelinhas....

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Estou parado em frente à enorme janela do chão ao teto que está localizada em minha sala. Meu prédio, onde é situado meu império, é magnifico, com cores discretas, acinzentadas, vidros pretos que abrangem toda a estação da frente. Em minha sala encontra-se um bar no canto, uma mesa em forma de C no meio da sala e em frente a uma estante de livros que está fixada na parede.

Estou de terno, com a gravata afrouxada e primeiros três botões abertos de minha camisa, um copo de whisky está em minha mão, enquanto estou observando a imagem do Central Park, pois minha empresa fica em frente.

- Isabel, o que está acontecendo comigo? Nunca senti um desejo tão avassalador como sinto por você. A senhorita está tirando o meu sossego, ao qual eu não me permitia ser tirado e, muito menos a minha sanidade. –penso alto, para mim mesmo.

Desde o dia que conheci Isabel, algo dentro de mim mudou com o seu rosto que transmite serenidade, sensualidade e ao mesmo tempo inocência. Quis a todo custo tirar sua inocência, e eu consegui. O problema, é que depois destes três meses estando com ela quase todos os dias em meus braços, eu não penso em mais nada, a não ser, nela. Claro que tive de transar com minha esposa. Passava a tarde toda com Isabel e a noite com Sharon.

Não sei explicar, mas Sharon pediu se eu estava me envolvendo com outra pessoa, pois eu havia mudado.

Pois é, sempre fui selvagem na cama, até violento, mas nunca romântico nas minhas fodas, e minha esposa por conveniência disse que, com ela, estava sendo calmo, sem brutalidades.

Isabel mudou meu mundo neste curto espaço de tempo, cada dia preciso mais dela para mim. Estava tão distraído que nem ouvi o telefone tocar. Sai de frente da janela, deixei meu copo numa mesinha que havia ali e fui até minha mesa de mogno atender.

- Senhor, desculpe incomodar, mais sua mãe está na linha, posso passar? – pergunta minha secretaria, não sei por que, mas todos meus funcionários me temem.

- Pode sim – digo com minha voz forte. – Obrigado.

- Bom dia filho ingrato, não se lembra que tem uma mãe? – pergunta minha escandalosa mãe, reviro meus olhos. Não estou com tempo e nem saco para isso.

- Bom dia mãe. É claro, me lembro, mas eu tenho um império para tocar caso a senhora esqueceu. Mas me diga, o que a faz ligar esta hora da manhã? – pergunto já sem paciência.

- Allan, mais respeito por favor. Estou ligando para pedir que você e minha querida nora venham jantar aqui em casa. Estamos com saudades e nós temos que comemorar.

- Comemorar o que Dona Morgan, não sei do que está falando.

- Há meu filho, você nem imagina. Mas a noite conversaremos.

- Tudo bem, até a noite. Tchau.

- Te amo meu filho. Até a noite. – aham, sei como me ama. Desliguei o telefone e me sentei na cadeira recostando-me. O que será que aconteceu?

Fecho meus olhos, imaginando um par de olhos azuis intensos. De repente, abro meus olhos com uma gritaria que estava ocorrendo do lado de fora de minha sala.

Identifiquei na hora aquela voz irritante de Sharon.

Levantei-me de minha cadeira e fui caminhando até a porta e a abri. Vendo Estefani impedindo a passagem dela para meu escritório e ela gritava histericamente.

- Você sabe quem sou mulherzinha? A esposa de seu chefe. Dei-me passagem, e pode arrumar suas coisas que você vai para o olho da rua.

- Quem você pensa que é para tentar dar ordens dentro de minha empresa? – olho-a com raiva estampada em meu olhar, ela se retrai um pouco. Continuo dizendo. – Pode voltar ao seu trabalho senhorita. – falo para minha secretaria. – E você, entre agora que teremos uma conversa. – Sharon abaixa sua cabeça, e adentra a minha sala em silêncio.

Passo por ela e sento-me em minha cadeira novamente,ela senta-se na cadeira a frente da mesa. Começo a discussão.

- Como você tem a coragem de vir até o meu trabalho e fazer esta gritaria? Minha secretaria tinha ordens para não deixar ninguém entrar, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos. – falo, minha paciência não existe mais. – O que você quer Sharon, fale logo tenho muitas coisas para fazer.

Ela olha para mim com cara de cachorro molhado, não estou no meu dia hoje, ainda mais depois que descobri que estou regando um sentimento por Isabel.

- Meu marido, não me trate assim. Só vim lhe dar uma notícia que você ficará muito feliz e vai começar a dar valor ao nosso casamento. Eu sempre amei você Allan, sempre, mais você nunca me deixou lhe mostrar. Quando nossos pais obrigaram a casar-nos, eu nunca me opus, mas você sim. Eu tive amantes sim, mas faz um tempo que não tenho mais. Depois de cinco longos anos, casada com você, eu quero fazer o nosso casamento dar certo.

- Chega com essa ladainha, você nunca me disse isto, por que agora?

- Estou grávida meu amor. Teremos um filho.

Ela disse isso. Não, não ouvi direito.

- O que você disse?

- Nós vamos ser pais, pois estou carregando seu filho em meu ventre. – ela disse olhando para sua barrinha e a acariciando.

Não pode ser verdade. Meu mundo renasceu e acabou neste momento. Renasceu porque descobri que estava me apaixonando por Isabel e acabou por que terei que me separar dela.

Meu sonho sempre foi ter um filho, por isso me casei, mas eu sempre usei preservativo com Sharon e, a não ser nestes últimos meses, que me deitava com ela pensando que fosse outra de olhos intensos embaixo de mim.

Terei que ficar longe de Isabel. Terei que tentar me dedicar ao meu casamento e a meu filho que virá ao mundo.

Só não sei se vou conseguir ficar longe dela.

Sharon sai de minha sala, ela sabe como as coisas funcionam. Agradeci por dentro.

O tempo passou, e quando olhei no relógio me assustei, já se passava das 14:00, e eu nem almocei.

Pego meu celular do bolso de minha calça e rapidamente digito uma mensagem de texto para Isabel.

"Boa tarde senhorita, te espero em meia hora, no mesmo lugar. Sem atrasos. Meu motorista já está a esperando. Allan Ruck."

Esta irá ser a minha despedida. Ou não.


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