Capítulo 48.

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OBRIGADA

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Minhas pernas amolecem, e sinto meu coração parar de bater.

- Oh Deus, não, não pode estar acontecendo isso. Não pode.

- Desculpa Isabel. Mas eu precisava falar. O problema é que nos dias de hoje é muito difícil encontrar um e ainda mais um que seja compatível. Mas o nosso tempo é limitado, temos somente quatro dias.

Sinto-me como se estivesse em um quarto escuro, que nada havia ali, apenas silencio vazio, triste. Este é o meu interior neste momento.

Will me leva sentar no sofá que antes eu havia me sentado. Nenhuma reação está presente em meus movimentos.

Não choro mais, não falo mais, não penso mais, apenas o ouço. Eu só tenho uma ideia em minha cabeça, e isso ninguém mudará.

- Amor, fala comigo. – ele acaricia meus cabelos. – Tome isso.

Ele me entrega um copo. Vi Morgana se aproximando, mas nada disse.

Tomei a agua e depois Will me entregou um comprimido. Mas o dispensei. Não quero estar grogue quando pronunciar meu desejo, que tenho a certeza que ninguém consentira.

- Preciso ver Matthew Will. Leva-me lá?

- Claro querida.

Levantamo-nos, percebo que o doutor não está mais ali, apenas Morgana me olha preocupada.

Chegamos em frente a porta do quarto em que Matt está.

- Quero entrar sozinha.

Digo e entro no quarto, fecho a porta atrás de mim.

Quando vejo aquele homem, magro, com expressões pálidas e sem vida naquela cama. Lembro-me do que ele fez por mim. Deu-me sua vida, e se entregou ao seu destino. Pois mesmo ele estando aqui de corpo, sua vida, sua alma há muito tempo não está mais.

Sabe, às vezes fico pensando, será que sua alma fica perambulando no hospital, como aparece nos filmes? Será que ele não estaria aqui ao meu lado, sorrindo para mim, ou me odiando neste momento? Eu não sei, você não sabe, os médicos não sabem, ninguém sabe o que realmente acontece com uma pessoa em coma ou quando ela morre. Mas eu mesmo não sabendo, eu imagino que eles estão sim, aqui, só que não vemos. Sempre converso com Matt, nem que não ouça minhas palavras ou as compreenda.

Chego perto de onde ele está. Sento-me na cadeira, tão conhecida, ao lado de sua cama.

Seguro sua mão gelada.

- Querido, o meu querido. Nossa filha está internada. Sofreu um grave acidente. Ninguém sabe o certo o que aconteceu, só que um carro desgovernado bateu com tudo no carro. Ela perfurou uma parte do coração querido. Agora a nossa pequena também esta entre a vida e a morte Matt. Ela precisa urgentemente de um transplante de coração em quatro dias, se não ela desfalecerá. – deito minha cabeça no ombro dele. Seu coração começa a bater freneticamente no monitor cardíaco. – Eu vou doar o meu Matt. Eu vou a dar a minha vida a ela, como você fez comigo.

- Não, você está louca?

Escuto a porta sendo aberta abruptamente. Will adentra o quarto.

- Você não fará isso, e eu? E Arthur, Deniel? Você pensou em nós? Não suportaremos viver sem você meu amor.

- Will, eu pedi para você não entrar aqui.

- Eu não quero saber. – levanta a voz. – Aqui não é um filme ou uma novela para você ao menos cogitar esta ideia.

- Eu prefiro ir antes do que ela. – levanto da cadeira e caminho até ele. – Vou fazer o teste de compatibilidade, se der positivo, eu vou doar. – coloco um dedo em seus lábios quando ele iria pronunciar alguma coisa. – Você e nossos filhos já estão bem grandinhos, conseguem se virar sem mim.

- Pelo amor de Deus Isabel, que ideia mais louca. E o Arthur hein? Pensou nele?

- Ele ama Amanda, tenho certeza que ela cuidará muito bem dele.

- Mas Deniel precisa de você agora, ele está na adolescência e precisa de conselhos.

- Ele tem você querido, você será o melhor pai do mundo. Cuidará bem de Deniel e de Amanda e Arthur, nossa pequena ajudará sempre. Ela é de ouro.

- Mas e eu amor. Eu não conseguiria viver sem você.

Olho em seus olhos. Fazia tempo que não o via chorar. Lagrimas descem por seus olhos safiras.

- Você é bonito amor, - passo a palma da mão em sua bochecha molhada por causa das lagrimas, sua barba por fazer, faz cocegas nela. – Você é o melhor homem do mundo, encontrará uma mulher que cuidará de você e de nossos filhos.

- Não quero outra mulher, eu quero só você.

- E eu não quero perder minha filha, antes eu do que ela. Eu quero que você entenda isso Willian. Não conseguiria viver em um mundo onde meus filhos e você não estivessem. Sem Amanda é como se uma parte de mim morresse, eu poderia estar viva, mas ao mesmo tempo estaria morta caso ela não estivesse comigo.

Ele nada fala.

- Estou indo para casa.

Ele vira as costas e sai.

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