Capítulo 38 (parte II)

211 17 0
                                    

Sem revisão queridas.

abraços. espero que estejam gostando.

**************************************

- A senhora é uma qualquer mesmo, sem humanidade, não se importa com ninguém. – digo olhando nos olhos desta mulher que trouxe-me ao mundo, mas que me maltrata tanto. – Dona Gema, aceitaria morar em New York comigo? Você cuidaria da minha filha comigo e morríamos juntas, o que acha?

- Oh minha pequena.

- Vai fazer as malas vai. Pra que ficar aqui ouvindo desaforos dessa ai? Vai logo. Espero você aqui.

Ela sai, evidentemente, feliz. Como amo ela. Bem como ela disse, ela me educou muito bem, e eu agradeço isso a ela. Não gostaria de ser igual a minha mãe.

- O que você está pensando hein sua menina? Como você se atreve, chega aqui na minha casa e quer levar minha criada com você?

- Criada? Olhe o que você está dizendo. Meu deus, não sei como você é minha mãe. Mas pensando bem, não é não, como a Dona Gema disse, ela quem me criou e me deu amor, você só fez papel de me trazer ao mundo. – digo tudo de uma só vez, ela nem se preocupa de ingerir minhas palavras afoitas, está nem ai comigo. – Mas eu vim aqui com um proposito.

- O que? Veio pedir dinheiro? Nem sonhe, vá trabalhar.

- Você acha que vim aqui para isso? Não sonha, e quem deveria de ir trabalhar é você, bom acho que você nem sabe o que significa esta palavra não é? Nunca trabalhou. – digo olhando nos olhos desta mulher, que para mim é uma desconhecida. – Eu vim aqui para saber o porquê de ter mentido para mim.

- O que? Do que você está falando? Está louca?

- Por que disse que o homem que estava comigo no carro no dia do acidente a cinco anos atrás, morreu? E que haviam o enterrado? Por que mentiu sobre isso hein? Me responde a verdade, por favor.

Ela gargalha.

- Você veio até a minha casa para tirar explicações e respostas de mim? Ai menina, sempre tão bobinha.

- Por favor senhora, não fala assim com ela. A senhora deveria de sentir vergonha de dizer isso a sua filha.

- Quem é você? Ninguém o chamou na conversa.

Ela se senta no sofá de couro bege no centro da sala. Está tão calma. Como ela consegue? Parece está sendo colocado um lança em meu coração e a contorcendo em meu peito. Eu a respeito, no funcho ainda eu a respeito.

- Sou o namorado dela.

- Pera ai. Eu vi as fotos no jornal. Você era o homem que estava com ela no acidente, por isso ela quer saber o porquê menti?

- Não dona Thereza, - ela odeia que a chamem pelo segundo nome, por isso que o fiz. Ela estreita os olhos para mim. – Ele é sim o meu namorado. – olho para ele e sorrio, mesmo com lagrimas não derramadas, quero que ele saiba como o considero. – Ele é o irmão do Matthew.

- Hahahahah, então aquele morreu e você pegou o idêntico a ele que está vivo. Você é rápida hein? Pensei que fosse mais lenta.

- A senhora é uma sem coração mesmo. Não darei nenhuma explicação da minha vida a você. Só quero saber o porquê mentiu.

- A menina. Queria que você fosse embora e nunca mais voltasse, mas pelo jeito isso não adiantou.

- Como pode? Por que fez isso?

- Já falei, e agora, vá embora da minha casa, daqui a pouco minhas amigas virão tomar chá comigo. E vá antes que a criada volte, daí eu falo que você mudou de ideia.

- Eu odeio você.

Falo com os dentes cerrados, Willian vem até mim, e segura meus ombros.

- Acalme-se amor. – ele diz no meu ouvido.

Fecho meus olhos, conto até dez.

- Eu nunca deixaria ela mais nem um dia em suas mãos. Você não é um ser humano, um ser humano não trataria o seu filho, do próprio sangue assim.

- Estou nem ai com o que pensas querida. Só saia da minha casa.

- Oi minha filha, estou pronta. – Dona Gema aparece na sala com uma mala de mão.

- É só isso que vai levar? – digo e sorrio para ela.

- Sim filha. Não tenho muita coisa. Não tenho ninguém aqui também, por isso vou com você, para cuidar de você da minha neta.

Willian vai até ela e segura a sua pequena mala.

- Adeus senhora. É muito difícil ver como não mudou nada todos estes anos.

- Adeus. E você velha ingrata, não pense que darei um centavo a você.

- Ela não precisa mais do seu dinheiro.

Digo isso e viro as costas para ela.

- Vamos? – digo para Dona Gema.

Coloca minhas mãos nos ombros dela e caminhamos até a porta da frente, Willian vem atrás de nós.

A minha mãe, não a dona Maria, fica gritando. Não dou muita bola.

Doeu muito as suas palavras, principalmente a resposta que me deu sobre a sua mentira.

Entramos dentro do taxi, olho para o portão enorme de ferro preto, e coloco uma pedra nesta parte de minha vida. Com minha mãe e pai não poderei contar. Terei somente minha filha, Júlia, Willian, dona Gema, Matt ao meu lado. Por que precisaria de mais?

@p:C

IMPRESCINDÍVEL...Onde histórias criam vida. Descubra agora