Capítulo 36 (parte II)

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sem revisão.

bjoss amadas.

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- Que mal eu pergunte, mas o senhor é irmão gêmeo do paciente não é?

Percebo Willian sorrindo.

- Sim, Willian, prazer. – ele diz e estende a mão para ela que aceita no mesmo instante se derretendo na frente dele. Ai que vaca.

- Por favor, eu quero que você me leve agora no quarto do paciente, claro que puder ne?

Digo ironicamente. Onde já se viu? Jogando charme para aquelazinha ali. Ai que ódio, nem respeito com o irmão não tem.

Reviro meus olhos, tá bem, comigo eu queria dizer, nem respeito comigo não tem, a poucos minutos atrás estava dizendo que me amava e que não queria me perder no elevador, e agora dando bola para ela?

Ela retira a mão da do Willian, sua face está vermelha, e me mostra até o quarto onde Matt está.

- Enfermeira, por favor, você sabe me dizer quando o médico pode vir falar comigo? Eu queria saber do quadro do Matthew.

- Eu peço para ele vir depois dos exames que será feito em dez minutos.

- Claro, obrigada.

Ele está atrás de mim e eu em frente a porta do quarto de Matthew. A única coisa que impede de eu ver a pessoa que eu mais amei na vida, que eu ainda posso amar, é uma porta de madeira em minha frente.

- Não vai entrar?

- Vou.

- Que cena foi aquela hein? – ele pergunta no meu ouvido. – Ciúmes?

- Ciúmes? Não Willian, só achei falta respeito pelo lugar em que estamos.

- Ah tá, até acredito.

A falta de ar, o coração batendo a mil, diminuíram estas sensações com esta curta conversa com ele. Estou um pouco mais calma. Mas estou com medo. Medo de descobrir sentimento guardados.

Coloco minha mão no puxador da porta, fico segurando. Sinto a respiração de Willian no meu ouvido, e sua presença atrás de mim. Sua mão vai para cima da minha onde estou segurando o puxador da porta, e me ajuda a abrir a porta.

Ela se abre.

Fecho os olhos. Fico parada na entrada do quarto com Willian atrás de mim.

- Isabel, chegou até aqui. Coragem é o que não falta em você meu amor. – ele diz, mas permaneço com olhos fechados. – Vou deixar você sozinha.

Ele disse isso e se afastou de mim, senti imediatamente uma sensação de abandono, viro-me, olho para ele.

- Por favor, fica aqui.

- Claro. – ele diz, aproxima-se novamente de mim, pega na minha mão. – Vamos?

Balanço a cabeça concordando.

Entramos no quarto, fecho novamente meus olhos, ele me conduz.

- Isabel, querida. Sei que isso é difícil para você, e muito mais para mim. Mas você encarar isso. – ele diz e me abraça. Deixo ele me abraçar, coloco minhas mãos no pescoço dele. Ai como senti falta desta sensação de estar em seus braços.

- Como senti falta meu amor. – ele diz, lendo meus pensamentos.

Afasto-me dele.

Com olhos abertos, analiso as paredes brancas. Em um canto vejo um guarda roupas, um ar condicionado. Vou girando no cômodo, lentamente, demorando para mirar minha visão na cama.

- Ele parece eu. Parece estar dormindo.

Willian diz. Sinto um aperto no peito, e uma sensação de água no meio de meus olhos, encima de meu nariz. Uma vibração nas minhas narinas. Tristeza, sinto isso, abandono, saudade, tudo misturado. Água sai de meus olhos, soluço.

-Vem aqui meu bem.

Willian diz e me abraça.

- Shiii, tudo vai ficar bem. Olha para ele.

Seco meus olhos e me afasto dos braços dele. coloco toda a coragem que tenho em mim, e miro minha visão na única cama que possui no porto. Equipamentos, uma barra de ferro na vertical segurando um soro, e um homem deitado na cama. Um homem muito parecido com este ao meu lado, um homem que eu mais amei na vida, um homem que morreu a cinco anos atrás e que agora descobri estar vivo.

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