Capítulo 32 (parte II)

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CAPÍTULOS SEM REVISÃO.

ME DIGAM O QUE ACHARAM.

ABRAÇOS.

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- Ela está coma. A minha Amanda está em coma. – digo aos prantos, dois metros longe de onde Júlia está chorando também.

- Fica calma meu anjo. Temos que pensar positivo.

- Preciso de você. Por favor.

Ele não diz nada. Pensei que havia desligado.

- Claro. Estou indo para ai. Nunca a deixarei sozinha. – com estas palavras, chora ainda mais.

- Obrigada. –

- Não chore mais Isabel. Estou indo pra ai. Tchau.

QUINZE DIAS DEPOIS.

Estou deitada ao lado da cama de onde Amanda ainda está inconsciente, alimentando-se pelos caninhos que estão anexados em seu nariz. Passei um pano em seu corpinho sem locomoção a mais de dez dias.

Quinze dias meu deus, quinze dias sem ver os olhos verdes de minha filha, sem ouvir sua voz, seu sorriso.

Júlia está em casa. Willian não saiu um minuto de meu lado. É ele quem me leva para casa tomar banho, colocar roupa limpa, quem lembra-me de ir comer.

O médico veio mais cedo, levou ela em uma maca para fazer os exames e depois a trouxe novamente, suas palavras me deixaram com expectativas. A infecção está controlada, e que nenhuma sequela foi percebida até o momento. O primeiro impulso que tomou conta de mim, foi abraça-lo, tamanha a minha alegria. Quando contornei meus braços ao seu redor me senti constrangida, pedi desculpas e me afastei. Ele disse que não foi nada. Os seus olhos brilhavam, lembro da cena que Willian fez quando o viu no restaurante e de todas as vezes que nos esbarramos, ele me olha de uma forma estranha.

Nestas semanas fazendo este hospital como minha residência, consegui pensar em todas as coisas que estavam ao meu redor. E descobri que estou sentindo algo por Willian, foi ele que não saiu do meu lado nem por um segundo sequer em todos estes dias que permaneci aqui.

O medica também disse, depois daquela cena que o fiz passar, que Amanda vai acordar em breve.

Não vejo a hora de vê-la. Como estou com saudades.

Ainda estou com a cabeça debruçada na cama onde minha princesa esta, e sentada na cadeira ao lado da cama. Passo a mão nos cabelos dela, macios. Fecho meus olhos, estou com tanta saudades, já chorei tanto que acho impossível sair um gota de lagrima pelos meus olhos.

Estou tão distraída pensando naquele dia onde eu e ela fomos ao Central Park, lanchamos, brincamos com suas Barbies, que não sinto alguém pegar em minhas mãos, acho que estou dormindo, pois ouço um resmungo e escuto alguém chamar mamãe. Sorrio, estou alucinando. O acariciar em minha mão continua. Tenho medo de acordar, abrir meus olhos e perder esta sensação de sentir a presença de minha filha.

- Mamãe? – fala novamente, a mesma voz de minha princesa, meu deus, meu coração se aperta, fica espremido dentro de meu peito.

- A minha filha como queria que você acordasse.

- Mas mamãe, estou acordada.

Minha mão fica paralisada em seu cabelo e meus olhos, automaticamente, se abrem. Minha boca seca, meu coração bate a mil por segundo, meu sorriso se desfaz e meus olhos que pensei não existir mais lagrimas, saem uma cachoeira.

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