Capítulo 34 (PARTE II)

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SEM REVISÃO.

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Levantamos e saímos do restaurante.

- Deixa seu carro aqui no estacionamento, depois eu te trago para pega-lo.

- Claro querido.

Minutos depois chegamos a sua casa. Entramos. Ele segura minha mão o tempo todo. Depois de passarmos pela porta da frente vamos até a sala de televisão, ele me leva até o sofá.

Me beija e eu retribuo. Começamos a passar as mãos um no outro e me entrego a ele ali no sofá.

Willian está deitado, encostado no sofá e eu estou ao seu lado deitada com a cabeça em seu braço, ele está sem camisa, pois eu estou com ela, e somente ela em meu corpo.

- Isabel. Eu também preciso contar várias coisas a você.

- Hum, vai contar sobre sua antiga namorada é? – olho para ele. – Vai me dizer que tem um filho. – coloco minha mão em minha boca, fingindo estar surpreendida.

- Não meu amor. – ele planta um selinho em minha testa.

- Diga, sou toda ouvidos.

- Eu não sei como você vai reagir, mas a regra que você estabeleceu no restaurante está valendo aqui, agora, entendeu? Tudo bem?

- Claro, sem problema.

- Eu sou apaixonado por você Isabel. – sorrio, como é bom ouvir isso. – Quando a vi pela primeira vez, você me intrigou de uma maneira tão intensa que quis descobrir quem era aquela mulher com rosto de anjo que vi na cafeteria. – hum, não estou gostando. Fico quieta, e o sorriso sai do meu rosto. Esta confissão não será nada boa, estou pressentindo. – Eu contratei um detetive para descobrir quem você era. – fecho meus olhos. Não faço nenhum movimento corporal. Prometi a ele silencio até o final de seu discurso. – Ele descobriu quase nada sobre você, só que morava no Brasil e que tinha uma filha, mas não sabia nem aonde você morava aqui em NY. – Fico um pouco mais calma. – Dai contratei alguém para ter informações contadas por você mesma.

- Não Willian, você não fez isso.

Já até sei quem é, pois eu só contei para uma pessoa depois de Júlia.

- Você prometeu silencio. – Concordo. – Contratei uma mulher, Quinn, ela se passou por sua amiga, começou o mesmo curso na faculdade que você para chegar perto e descobrir os seus segredos.

- Então quer dizer que você já sabia de tudo que eu te falei, por isso não ficou surpreso.

- Isabel, você prometeu.

- Eu sei o que eu prometi, mas olha o que você está me contando.

- Só fica quieta e ouve até o final. – não falo mais nada. – ela descobriu tudo sobre você e me contava.

- Em troca de dinheiro? Sempre este maldito dinheiro.

Estou chorando, não acredito que Quinn era uma farsa, bem que a Júlia tinha razão.

- Não, em troca de prazer.

- O que?

- Sim, ela era apaixonada por mim, mas é muito nova, então eu dava prazer a ela em troca de informações.

- Meu Deus isso é demais.

Levanto do sofá e me sento no outro. Não quero mais ficar ao seu lado.

- Tudo bem. Pode ficar ai. – ele diz e se levanta também. – Eu sinto muito, sei que isso é muita coisa para você saber. Mas eu estou sentindo muito mais que uma simples paixão, um simples sentimento por você, e eu não quero mais segredos entre nós dois.

Seguro minha cabeça nas mãos e coloco meus cotovelos em meus joelhos, e movimento meu corpo, sobe, volta, sobe, volta.

Eu também estou sentindo isso por ele, mas está difícil de suportar todas estas revelações.

- Eu sei quem era ele. – olho para ele e paro com meus movimentos, mas não saio da posição que estou. Só levanto a cabeça. – Ele é meu irmão. Meu irmão gêmeo.

- O que? – levanto em um pulo. – Eu pedi pra você se não tinha nenhum irmão gêmeo.

- Eu disse que tinha um irmão, e você não pediu se eu tinha um irmão gêmeo.

- Meu Deus, esta história está cada vez melhor.

Choro histericamente. Passei por cima de meu medo dos relacionamentos por ele, e estou sendo machucada e estraçalhada mais uma vez, e pior ainda, pela mesma pessoa, ou pela mesma semelhança, ou pelo mesmo sentimento. A sei lá. Só sei que estou sendo enganada, traída e abandonada novamente.

- O Matthew é meu irmão.

- Você quer dizer era, não é mesmo? Pois o seu irmão desistiu da sua vida por mim, e ele morreu.

- Não Isabel, eu disse é. Matthew está vivo.

Olho espantada para ele, e arregalo meus olhos. Vivo?

Só pode ser brincadeira.

Caminho para trás, e meu joelho encontra o sofá, desabo para trás.

- Você está brincando não é?

- Eu não sei se eu queria ou não estar Isabel. Mas eu não estou brincando.

- O Matt está vivo?

- Sim.

Estou literalmente sem saber o que falar ou o que fazer. Estou sem chão. 

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