Capítulo 40 (PARTE II)

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ÓTIMO FERIADO.

CAPÍTULO SEM REVISÃO.

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- Meu pai mamãe? – ela fala com o rosto iluminado com a notícia que acabei de dizer. – Meu papai está vivo?

Sinto uma lagrima escorrer pela minha face.

- Amor. – seguro na mão de Willian, que está ao meu lado, para me dar força. Ele aperta meus dedos, dizendo, somente com este gesto, que está ali comigo. – Seu pai está sim. Mas filha, quero que você compreenda uma coisa, tudo bem?

- Claro mamãe, qualquer coisa. Quando ele vai vir aqui? Vir aqui me ver mamãe? – ela dizia pulando, estava tão feliz.

- Deixa comigo, tudo bem? – Willian disse no meu ouvido. – Vou dar uma volta com ela. Posso contar?

Apenas confirmei com a cabeça.

Então ele se levantou do sofá em que estávamos sentados e foi até Amanda e a pegou nos braços. Saíram pela porta da frente depois de dizerem tchau.

- Está bem?

- Não Jú, nem um pouco. Sabe como é difícil contar a ela? E quando ela ver o pai e ver que é a cara do Willian? O que vou contar a ela?

- A verdade.

- Não é tão fácil assim. – digo e levanto meus pés, colocando-os encima do sofá e abraçando minhas pernas. – Amanda vai pedir. "Nossa, como o tio é parecido com o meu pai. ". Daí vou falar que o Matthew é irmão do tio Willian, e ela vai dizer "Mas por que a senhora está com o irmão do meu pai mamãe?". Ela é tão esperta Jú, tão esperta que tenho até medo da sua reação, e aposto que ela vai pedir estas coisas.

- Ai Bel. – ela diz e gargalha. – Você é uma péssima interprete. Mas não fique assim antes de você ver a reação dela. O Willian assumiu este papel de confidente. Então espere, veja a reação dela antes de ficar se atormentando.

- Só você mesmo para fazer piadas em um momento como este. – digo, balançando a cabeça e sorrio. Mas logo fico séria quando penso em Matt. - Mas o Matthew já chegou aqui Jú. Já está instalado no quarto do hospital onde a Amanda foi internada. Queria tanto que o médico que atendeu a Amanda fosse o médico dele, mais ele foi transferido para outro estado. Que pena ele era um ótimo médico.

- Ai se o Will ouve isso. Ele morria de ciúmes do tal doutor. – ela ri.

- Oh Deus, loucura da cabeça dele.

- Há, há, há, loucura nada, eu via o modo como o doutor olhava para você. – ela se senta no sofá, sentando toda espalhafatosa no mesmo.

- Tudo bem, tudo bem. – digo e levanto do sofá. – Chega disso. Nunca prestei atenção nele e nem pretendo Jú. Eu sempre gostei do Willian, e isso nunca vai mudar.

- Que bom.

Tenho que contar a ela sobre o pedido do Willian, ainda não contei.

- Prima. – chamo sua atenção quando ela se levanta do sofá, vira-se de costas, indo em direção de seu quarto, imagino eu.

- Oi Bel. Estava indo no meu quarto pegar meu telefone. Diga.

- Jù. – coro, estou tão feliz, sei que ela vai ficar eufórica com a notícia. Esqueço-me de todas as coisas ruins que estão me acontecendo neste momento, e me recordo do momento mais feliz de minha vida.

- O que? Fala mulher, parece que comeu um pimentão de tão vermelha que está. Aconteceu alguma coisa? – ela diz e logo vem em minha direção, coloca sua mão em minha testa. – Não está com febre.

- O Willian me pediu em casamento. – digo de uma vez, sem rodeios.

Parece que tudo congela. Sua mão em minha testa, seus olhos arregalados, sua boca formando um "o".

- Júlia?

Descongelando a cena, ela sorri.

- Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ...

E depois me deixa surda quando grita nos meus ouvidos e rodopia seu corpo no lugar.

- Sério Bel? – ela continua sorrindo. – Meu Deus, que noticia ótima, você viu que tudo ocorreu bem? – ela diz e vem andando em minha direção e me abraça. – Tudo que é para ser, será minha querida. No momento certo, na hora certa. Ninguém poderá tirar ou colocar em algo que já foi premeditado. Tudo o que você passou, sofreu, sorriu, sonhou, chorou e agora está absurdamente feliz, era para ter acontecido.

- Ai Jú. – digo, fecho meus olhos, e a aperto mais em meu abraço. Precisava tanto deste ato de afeto. – Estou tão feliz, você nem faz ideia do quanto minha prima. Pensei que não existisse felicidade deste tamanho, com esta intensidade. Mas existe sim, por que eu a estou sentindo.

- Tudo bem, tudo bem. – ela diz e se separa de mim, ficando em minha frente, seus olhos com lagrimas para serem derramadas, mas ela não as deixa, em vez disso sorri imensamente. – Vamos parar com esta melosidade aqui, e vamos pensar em algo melhor, menos triste e mais produtivo e alegre.

Sorrio, só ela mesmo para sair do momento triste e ir diretamente ao momento alegre em um simples estralar de dedos.

- E o que se define a isso? Qual momento seria este?

- Os ... preparativos ... do ... seu ... casamento. – diz isso pausadamente, e dá pulinhos no lugar, ainda segurando minha mão. – O que me diz?

- Ótima ideia querida. Mas antes temos que marcar a data, e ele só me pediu em casamento faz alguns dias. – faço cara de tristonha, mas logo sorrio.

Quando ela vai responder algo, a porta da frente se abre. Amanda vem em minha direção e pula em meu colo, eu a pego, e a abraço.

- Tudo bem meu amor? – pergunto olhando para Willian que está olhando para mim com sorriso lindo em sua face perfeita.

- Sim querida. – disse e piscou o olho para mim.

Nada mais disse. Sinto um aperto no peito. Sei que pela expressão de ambos, tudo ocorreu bem. Mas estou curiosa para saber como Willian revelou para ela sobre o seu pai.

Não estou insegura, longe disso, pois de perceber que ele é o homem de minha vida e de ter aceitado o seu pedido de casamento, todas as inseguranças, desconfianças, que pertenciam em mim perante ele, foram substituídas por segurança e muita confiança. Eu o amo, como nunca na vida amei alguém, como nunca havia amado um homem.

Abraço Amanda ainda mais. Como é bom sentir este cheirinho e este abraço. Ela está feliz. Isso é fato.

- Mamãe, mamãe. – ela diz, chamando minha atenção. – Quando vou ir ver meu papai que se parece com o tio Liam? Ele disse para eu que o meu pai é o irmão dele mamãe, e que ele vai m levar pra ir ver o papai, a senhora vai ir junto? – Willian olha para mim no exato momento em prego meus olhos nele. Ela aceitou bem? Foi mesmo que eu estou percebendo? Meu deus, minha filha aceitou que seu pai está vivo, quer ir conhece-lo e ainda que é parecido com o tio que será seu padrasto.

É isso mesmo? Que alguém me belisque, é muita incredulidade e felicidade ao mesmo tempo. Ela aceitou numa boa.

Sorrio, sorrio amplamente e digo "obrigada" apenas movimentando meus lábios em direção a Willian. Meu noivo.

Volto minha atenção a menina, a princesa que ainda está em meu colo.

- Sério querida? Claro que a mamãe vai junto. – digo e beijo sua bochecha. Caminha com ela em meus braços e a sento no sofá, sentando junto.

- Ai que legal mamãe, daí vamos ver meu pai, daí depois vou ir tomar sorvete daí depois vamos no cinema. – ela diz esta frase rapidamente, e olha para Willian. – O tio Liam me disse que vai me legar em todos os lugares. – ela confirma com a cabeça e aponta para ele.

- Ele disse é? – sorrio. – Tudo bem, iremos ver o seu pai depois vamos em todos estes lugares que o Tio Liam prometeu.

Resolvo contar sobre o casamento para ela depois. A sua cabecinha está carregada de informações, irei contar em breve, quando a poeira abaixar. 

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