Capítulo 29 - Juntinhas

1.9K 85 424
                                    

Notas do Autor

Sobre o capítulo de hoje: eita, Mariana...

Boa leitura!
*******************************


- Marcela... – Gizelly tentou se desvencilhar dela pelo que pareceu ser a milésima vez. Marcela parecia um polvo, toda cheia de mãos para seu rumo – Para! – exigiu. Mas não adiantou nada.

- Gigi, eu estou com saudades de você. Deixa eu te aproveitar um pouquinho, vai – Marcela choramingou enquanto deixava mordidinhas afoitas pelo queixo dela. As duas estava dentro do carro da Bicalho e ela estava para expulsar Marcela de lá, sendo sincera.

- Eu preciso voltar pra empresa. Sério, não... – mas arfou quando sentiu a mão de Marcela deslizando descaradamente para o meio de suas pernas – Tira essa mão daí! – deu um tapa acessando o restinho de sanidade que ainda tinha.

- Meu Deus, Gizelly, o quê que custa?

- A gente está dentro de um carro, paradas no meio da rua. Eu estou atrasada pra pegar minha filha na aula de violão e ainda tenho que voltar pra empresa. Quer que eu continue? – Gizelly lhe lançou um olhar desafiador.

- Gizelly má – Marcela colocou um bico na cara e se jogou no banco, cruzando os braços como uma menina birrenta.

- A gente vai ter todo o tempo do mundo pra isso – pegou o rosto de Marcela pelo queixo e o virou para si, deixando um beijo lento e gostoso nos lábios – Agora eu realmente preciso ir.

- Certo – Marcela assentiu, beijou mais uma vez, mas ficou ali mesmo. Não moveu mais um centímetro nem para descer.

- Marcela?

- Hum? – ela a olhou intrigada.

- Desce do carro – Gizelly falou.

- Tá me expulsando? – a Mc Gowan se fez de ofendida.

- Estou! Anda, chispa! – e abriu a porta para ela descer.

- Eu ainda te vejo hoje? – não a julguem. Passou tempo demais longe da mulher que amava que cada segundo com ela agora parecia pouco.

- Eu te ligo.

- Ai, Gizelly... isso é tão a cara da falta de interesse – Marcela reclamou e fez um falsete – Eu te ligo... as pessoas que dizem isso nunca ligam.

- Vem cá, você já era grudenta assim quando a gente namorou ou eu é que era cega mesmo? – Gizelly debochou.

- Eu te amo, é isso – Marcela bem que tentou puxá-la de novo para si, mas Gizelly foi mais rápida.

- Não! Nem pensar, tira essa mão de mim! Anda, desce – e vendo a inércia dela de novo – Desce, Marcela! Eu tenho que ir trabalhar. E você também. Eu te ligo.

- Me dá um beijinho de despedida – Marcela pediu. Gizelly colou a boca na dela em uma fração de segundo e deu um selinho – Agora desce.

- Ah, um beijo direito, Gigi – então sem aviso, a puxou para si em um beijo tórrido e um tanto lascivo. Invadiu a boca dela com tudo como quem marcava território. Mas com a mesma intensidade com que a beijou, se separou dela. Gizelly ficou atônita – Só pra você não sentir saudades – deu uma piscadela e desceu.

Gizelly quis xingar Marcela de todo nome. Como ela tinha coragem de fazer aquilo, quase lhe engolir pela boca e depois larga-la daquele jeito? Envolvida e necessitada? Ah, ela lhe ligaria. Com certeza lhe ligaria.

Saiu dali acelerando com tudo só na força do ódio. Deixou uma Marcela rindo feito besta para o vento. Entrou na galeria cantarolando e assobiando.

MIL ACASOSOnde histórias criam vida. Descubra agora