Capítulo 41 - Rotina

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Notas do Autor

 capítulo de hoje e sobre ele: deu ruim.

Boa leitura!
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- Bom dia, Polícia Civil, preciso de acesso ao prédio – a delegada já chegou de distintivo na mão. O porteiro imediatamente liberou a porta e ela se dirigiu ao elevador com Avelar em seu encalço, mais dois agentes e o funcionário do condomínio.

- Desculpa perguntar, mas...

- Cuida dele, eu vou subir – Giovanna deu as ordens e um dos agentes se virou para o porteiro, enquanto os outros seguiram com ela no elevador.

- Essa mulher – e mostrou a foto de Natália no celular – Ela mora aqui, certo?

- S-sim – ele respondeu, assustado – Dona Tereza.

- Natália, é esse o nome dela – o agente informou – Tenho um mandado judicial aqui, preciso de acesso às imagens das câmeras da portaria e do estacionamento.

- M-mas... eu tenho primeiro que chama o síndico – ele informou.

- Pode chamar. Enquanto isso, o senhor abre os arquivos – e indicou com a mão a guarita dele – Aproveite e reúna a segurança. Vamos precisar deles também.

A onze andares acima, a delegada Giovanna se pôs à porta junto com Avelar. Bateu uma vez.

- Polícia, vamos entrar – anunciou e recebeu silêncio em resposta. Bateu de novo – Polícia, vamos invadir – nada. Olhou para Avelar e acenou positivamente uma vez antes de o investigador se afastar e chutar a porta com tudo. A delegada foi a primeira a entrar de arma em riste sendo coberta pelo parceiro.

Mas não havia ninguém ali dentro. Nada, simplesmente nada. Giovanna seguiu para os quartos, chutou a porta das duas suítes. Vazio. Retornou para a sala, checou na cozinha. Zero. Caminhou até a varanda, só o vento nas cortinas, mas a mobília continuava toda lá, dando claros sinais de que havia gente habitando aquele espaço.

- Sem roupa nenhuma nos armários – um dos agentes informou, retornando para a sala – Ela fugiu.

Giovanna respirou fundo, abaixou a arma e, sem aviso, chutou o sofá. Odiava ser feita de idiota e não deixaria aquela peripécia de Natália barata. Não mesmo.

- Chequem tudo. Eu quero esse apartamento virado de ponta à cabeça. Qualquer coisa, por mínima que seja, se for suspeita, fica com a gente.

Tinha o mandado de busca e apreensão no apartamento, foi isso que deu a ela a autorização para subir. Sua esperança, era pegar Natália no flagra em meio a uma tentativa de fuga. Mas pelo visto, chegou tarde. E aquela maldita ordem de prisão não saía. Queria entender qual o problema da justiça em dar à polícia as condições de parar uma pessoa que claramente fazia chacota do sistema jurídico e das forças de segurança.

Pegou o celular para uma ligação. Era o agente que tinha ficado lá embaixo com o porteiro.

- Eu acho bom você descer. Tem uma coisa aqui que pode te interessar.

E com isto dito, ela deixou as ordens dadas lá em cima e retornou para a portaria, onde encontrou com o síndico, completamente revoltado com a situação em seu prédio.

- Isso é um absurdo! Polícia bater aqui como se...

- Como se nesse condomínio morasse uma foragida da justiça e um suspeito de lavagem de dinheiro e de homicídio? – a delegada completou – Ao invés de reclamar, vocês deviam era checar a ficha criminal de quem vem morar aqui. Mas eu aposto que ela pagou bem e por isso dispensaram qualquer precaução. Típico.

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