Notas do Autor
Capítulo de hoje: Ponto de equilíbrio.
---------------------------------------------------------Hoje o capítulo só rolou por causa dela @docfuracao, muito obrigada meu anjo por ter editado capítulo.
Te amo ❤️Boa leitura!
_____________________________________E como era. Marcela amanheceu no dia seguinte que faltou não sentir as próprias pernas. Se espreguiçou toda quando os primeiros raios de sol perpassaram a cortina e o cansaço de seu corpo denunciou as peripécias da noite passada. As peripécias e a satisfação, diga-se de passagem. Amém, Gizelly Bicalho. Aquela mulher era não só a pessoa mais incrível e linda e perfeita da face da terra. Ela sabia muito bem como levar qualquer um à loucura.
Qualquer um não. Pausa aqui, porque esse posto era só e somente só de Marcela. Nesse ponto ela era bem egoísta sim e não negava. Gizelly lhe trazia do céu ao inferno para depois lhe deixar em estado elevação a um simples toque.
Suspirando e gemendo baixinho em deleite, Marcela virou-se para o lado para encontrar com a mulher que amava. Sentir o calor que emanava do corpo dela, aquele cheiro maravilhoso de flor de cerejeira, a textura dos fios dela esparramados no travesseiro... A Mc Gowan adorava enfiar o nariz naquela cascata castanha de Gizelly ao acordar. Era seu sopro de vida. O problema foi que ao se virar pronta para se agarrar à mulher que amava com o “bom dia” que ambas mereciam, encontrou um colchão vazio.
Primeiro tateou ainda sem querer abrir os olhos. Vendo que ali não encontraria nada, abriu um olho apenas para encontrar o vazio. Ai, fala sério!
- Gizeeeeeeelly – entoou com um misto de frustração com chateação.
Deduziu que sua noiva estivesse no banheiro, mas o silêncio do chuveiro denunciou que estava errada. Bufando, Marcela se levantou, escovou os dentes, passou uma água no rosto e foi à missão resgate de sua mulher. Ao pisar na sala (e ela nem fazia ideia de que horas eram, só que teriam ONG naquela manhã), Marcela ouviu ao longe uns acordes do ukelelê. Foi involuntário o sorriso que se abriu em seu rosto. Seguiu para a direção de onde o som vinha só para encontrar Gizelly languidamente recostada à varanda, dedilhando o instrumento enquanto observava lá de cima São Paulo ganhar vida.
E não só São Paulo.
O coração de Marcela acelerou tão vergonhosamente para mostrar que dentro dela também havia algo bem vivo. Em silêncio, a loira se recostou ao portal e ali ficou de braços cruzados, admirando a mulher que amava embalar o nascer do sol. Gizelly parecia feliz e, a despeito do contorno da luz do sol em sua silhueta, parecia brilhar.
Linda. Perfeita.
Sem nem pensar duas vezes, Marcela aproveitou que ela estava absorta e com os pensamentos longe e retornou para o quarto onde pegou na mesa de cabeceira uma caderneta e uma caneta. Posicionou-se novamente quietinha no portal da varanda e se pôs a fazer os primeiros rabiscos de sua arte retratando Gizelly fazendo arte. E sua noiva parecia realmente distante, porque demorou um bom tempo para perceber que ela estava ali. Quando o fez, até a carinha de surpresa que se formou foi fofa.
Marcela se apaixonou ais uma vez.
- Te acordei? – sua noiva perguntou, deixando o ukelelê de lado.
- Não, não – a artista pediu em um gesto que ela mantivesse o instrumento ali – Continua, Gigi. Eu quero terminar... – e mostrou o caderno em mãos.
Rindo, Gizelly voltou a posicionar o ukelelê e a dedilhar algumas notas aleatórias, suspirando e virando o rosto para a cidade lá fora.
- Você é perfeita, sabia? – Marcela foi quem falou, concentrada em seu desenho – A mulher mais linda do mundo. E eu tenho muita, muita sorte em te ter na minha vida.
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MIL ACASOS
FanfictionSinopse: O que acontece quando o tempo passa? Alguns aproveitam cada segundo, outros repensam o que viveram até ali e há os que simplesmente se arrependem de seus feitos e tentam reverter o ponteiro do relógio e recuperar tudo que lhe foi perdido. S...