Capítulo 28 - O caminho mais difícil

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Notas do Autor

capítulo de hoje: feito tinta na pele.



Gizelly desembarcou no aeroporto de Congonhas naquela tarde de segunda já procurando o único rostinho no mundo que queria ver e não precisou muito para encontra-lo. Luisa gritou um “mamãe!” e saiu correndo desembestada atrás dela. A empresária se agachou para recebe-la no melhor abraço do mundo.

- Filha! – apertou Luisa contra si tanto, mas tanto, que parecia querer coloca-la de volta para dentro – Meu Deus, que saudade que eu estava de você – suspirou, se deleitou com o carinho da menina.

- Eu também estava com saudades, mamãe – Luisa deixou um beijinho carinho no rosto de Gizelly, que se virou para ela na mesma hora, devolvendo o gesto uma, duas, três, mil vezes. Beijou o rosto da filha todinho.

- Ai, meu pinguinho de gente! – quis apertar a filha diante de tanta fofura – Vem cá, olha pra mim. Deixa eu te olhar direito – Luisa abriu um sorrisão – Está tudo bem? Deu tudo certo por aqui?

- Deu sim, mamãe. Eu fiquei com o vovô e a vovó, me alimentei e estudei.

- É isso aí – a mãe afirmou – Aposto que se entupiu de besteira, né? É só isso que seu avô sabe te dar pra comer.

- Eu comi picolé – Luisa riu travessa.

- Na hora do almoço, aposto – Gizelly comentou e se dirigiu com Luisa até Márcia que estava parada mais a diante – Oi, mãe – cumprimentou-a com um beijinho na testa – Tudo bem por aqui?

- Tudo, Gizelly, eu hein! Parece até que a gente não saberia se cuidar, não é meu amor? – brincou com Luisa.

- Você e o papai quando se juntam com essa peça aqui – apontou com a cabeça para a filha – São piores que ela. Eu tenho razão de me preocupar.

Naquela tarde, como prometeu, tirou o dia para curtir a filha e ficar em casa fazendo nada com coisa nenhuma. Assistiram filme, Gizelly preparou uns hambúrgueres, um creme de avelã que ela sabia que Luisa amava e ficaram as duas curtindo preguiça, uma fazendo companhia à outra.

A Bicalho só se lembrou de checar seu celular quando já era começo de noite. Nenhuma mensagem importante, nada que tirasse seu sono e zero retorno de Marcela. A mensagem de cinco dias atrás estava ali intocada. Gizelly se questionou até quando ela iria fugir daquele jeito. Que droga, só queria conversar sobre as planilhas da escola. Não era como se ela fosse morrer se lhe olhasse na cara ou lhe desse algum retorno.

Dormiu aquela noite com Luisa em cima dela na própria cama. Acordou com a filha toda esparramada no colchão, parecendo uma estrela do mar. Mais um pouco ela, Gizelly, teria ido parar no chão. Levou um tempinho para conseguir tirar a menina do soninho gostoso que ela parecia ter e isso acabou fazendo com que perdesse a hora. Quando deixou Luisa naquela manhã na porta do Cruzeiro, já não havia quase ninguém no pátio, todo mundo em suas salas.

Saiu apressada para a empresa e mal pisou na recepção, já foi informada que havia gente querendo lhe ver. Paulinho estava sentado no sofá da sala dela lendo uma revista displicentemente.

- Bom dia, Gi. Como foi de viagem?

- Corrido, mas bem proveitoso – ela o recebeu com um beijinho no rosto – Depois te passo direitinho tudo que consegui. A Natasha disse que você queria falar comigo.

- Eu quero saber se você olhou o que eu te mandei do Cruzeiro. Faz dias que está tudo no seu e-mail e você ainda não disse nada, não marcou uma reunião... Eu liguei pra Marcela esses dias, mandei pra ela a parte das planilhas que tinham ficado comigo, mas as suas...

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