Capítulo 34 - Excesso de emoção

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Notas do Autor

Bora de capítulo?
Sobre o de hoje: rompantes.

Boa leitura!
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- Eu não acredito nisso.

E de fato, Marcela queria que aquilo fosse uma alucinação. É que a gente costuma querer que sejam invenções da nossa mente as coisas que não nos agradam. Algo que podemos desfazer, reverter a um simples clique, a um despertar. Mas Marcela estava desperta e lúcida. Muito lúcida. O que foi desesperador, porque só provava que aquilo não estava acontecendo em sua mente. Era real. Real demais.

E ela odiou isso.

- O que você está fazendo aqui? – alteou a voz – Que merda! O que você está fazendo aqui?

- Marcela, calma – Gizelly pediu.

- Cara, isso só pode ser piada – e balançou a cabeça em um gesto negativo.

- Não é piada, Marcela, por favor – ele pediu e tentou se aproximar.

- Se você der mais um passo, eu juro que faço uma loucura – ela ameaçou.

- Marcela, a gente está em um hospital, calma por favor – Gizelly tornou a pedir.

Mariana limitava-se a assistir àquela cena atônita.

- Justamente, a gente está num hospital e esse cara – apontou o dedo na cara de Marcos – Não devia estar aqui. Devia estar preso, trancafiado numa cela, onde gente da laia dele tem que ficar! – virou-se para ele – O que você quer, hum? Não tem nada pra você aqui, vai embora.

- Eu só vim ver minha filha – e olhou para Mariana – E caso você não se lembre, Marcela, eu sou um homem livre agora. Posso estar aqui sim. Não tenho mais que ficar trancafiado numa cela como você mesma disse. Paguei pelos meus crimes.

- Jura? Pra mim você pode ficar o resto da vida preso, morrer lá – ela cuspiu com desgosto – Vai continuar sendo um criminoso de merda.

- Marcela, chega! – Gizelly ordenou – Não é hora nem lugar.

- Vai embora! – ela foi para cima de Marcos.

- Marcela, para! – Mariana pediu e a irmã se virou para ela com uma fúria quase demoníaca nos olhos – Ele é nosso pai.

- Eu não acredito que você vai defender esse canalha, Mariana – Marcela se desesperou – Depois de tudo?

- Ele continua sendo nosso pai. E pagou pelos erros dele. As pessoas têm direito a uma segunda chance.

Marcela balançou a cabeça em negação e desgosto.

- Quer saber? Vocês dois se merecem, foram feitos um pro outro. A idiota e o aproveitador – e saiu do quarto dando um empurrão em Marcos e quase atropelando Jossi  que chegava à porta com um copinho de café nas mãos.

- Ai, que é isso, filha? Ficou maluca?

Mas a Mc Gowan não deu ouvidos. Saiu a passos firmes e rápidos pelo hospital. Gizelly apareceu logo em seguida igualmente sobressaltada.

- Por onde ela foi? – perguntou.

- Foi embora... o que foi que aconteceu? A Mariana passou mal? – Jossi fez menção de entrar e quase caiu para trás quando se deparou com Marcos Mc Gowan, o próprio, estacionado perto da porta do lado de dentro – Você?

- Eu – foi tudo que disse e suspirou – Eu acho que você devia conversar com a sua filha. A Marcela precisa aprender a controlar esse gênio dela.

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