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Notas Iniciais:

Oi, como vão? :D

Avisinho rápido: esse capítulo contem cenas que retratam um preconceito nojento e escancarado. Espero que não machuque ninguém realmente, e que a indignação seja o sentimento mais predominante. Tentei ser o mais realista possível. Eu não concordo com tais declarações e literalmente me inspirei no que já cheguei a ouvir e ler em alguns lugares, falei com alguns amigos que também me deram curtos relatos e é algo bem desconfortável de se ouvir, porque é bem bizarro pensar que um ser humano pode pensar assim de outro, só por ele não estar dentro dos padrões sociais ultrapassados. É ignorante e desumano.

Se você já chegou a escutar ou ler comentários do gênero, eu quero dizer que sinto muito e que você é perfeito da maneira que é, sem tirar nem pôr. Não há absolutamente nada de errado, e o seu corpo não foi feito para ser a sua prisão <3

Eu já quero me desculpar por qualquer desconforto causado por esse trecho (ficará claro quando chegar lá), sintam-se livres para não lê-lo. É só ideia nojenta de gente nojenta, de forma alguma deve ser levado como verdade, é só... muito estúpido e agorento.

Boa leitura! <3

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Capítulo 17: Um erro, uma construção ou um preconceito?

— Está mesmo certo do que está fazendo? Está agasalhado o suficiente? Vai chover, estou avisando. Levem um guarda-chuva — a senhora Choi falava com as duas mãos na cintura, vestida em um pijama leve. Seus olhos pousaram sobre a figura de seu filho já próximo a porta, arrumado para uma ocasião a qual ela duvidava que ele seria bem-vindo. San assentiu veementemente, embora não estivesse tão confiante. — Certo. Qualquer coisa você me liga e eu vou buscar vocês. Não importa a hora... Irei ficar deitada com o celular do meu lado.

A preocupação de Yuna era fundamentada com base no fato do senhor Jung não gostar nem um pouco dela — por razões porcamente esclarecidas. Logo, era de se esperar que todo o seu repúdio fosse ser direcionado ao filho dela. No entanto, nem isso foi capaz de desencorajar San totalmente. Ele podia ser o tipo de pessoa receosa e ansiosa que pensa em todas as causas e efeitos numa destreza impressionante, e um tanto premeditada, porém, quando se tratava exatamente dos sentimentos de outra pessoa, podia ser corajoso e empático.

No lugar de Wooyoung, não iria querer ir sozinho encarar o seu pai de comportamento duvidoso. Imaginava que seria desagradável e desconfortável ao ponto de sentir estar sentado em agulhas. Se estivessem juntos, poderiam apoiar um ao outro como... como amigos próximos fariam.

— Não se preocupe, eu prometo trazer o San vivo. E vamos estar de carro, então a chuva não vai atrapalhar — Wooyoung garantiu, compassivo. — Vamos comer pizza às custas do meu pai e voltamos antes que sintam a nossa falta.

O coração de Yuna afundou no peito. Ela meneou a cabeça e, decidida a confiar a proteção de sua maior preciosidade na vida, deixou um beijo em cada um dos rapazes, no alto da cabeça. Acariciou os cabelos penteados em gel de seu garoto, e fez o mesmo com os cabelos lisos e sedosos do enteado. Olhou-os uma última vez com uma prescrição e recomendação visíveis, os advertindo de qualquer erro.

A buzina do carro do senhor Jung soou mais uma vez. A Choi se obrigou a dar de ombros e a respirar pesarosamente, liberando a saída.

Wooyoung recolheu suas muletas e foi na frente, sendo seguido de perto por San que demonstrava aflição em cada movimento de seu corpo. Havia o cuidado que exercia para que o Jung não se machucasse de novo, as suas tentativas de prever como seria aquela noite e sua confusão em não saber se deveria agir esporadicamente extrovertido na frente do pai do jogador, ou se o mais recomendado era ficar na sua, apenas prestando o papel de uma sombra companheira.

CAMISA 18 | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora