Capítulo extra 2: O principal objetivo é simples: chegar o maior número de vezes na endzone do adversário.
Visitar os pais do namorado era uma das tarefas categorizadas mais tortuosas que o ser humano pode viver.
Mingi passava por aquele terror, enquanto esmagava a mão de Hongjoong com a sua. Ouviu-o reclamar assim que chegaram mais perto da casa e saíram do táxi, sem afastá-lo.
— Controla esse seu coração agora — mandou assim que pegou a sua mala, que dividia com Mingi, apavorado encarando a casa com os olhos estáticos e arregalados. — Mingi! Não tem nada demais! São só os meus pais.
Completava um ano desde que oficializaram o relacionamento amoroso entre eles. Desde então, Hongjoong convivia praticamente todos os dias com a família de Mingi, os seus pais, e já possuía uma intimidade considerável tanto com eles quanto com os seus irmãos, em ordem decrescente. Porém, Mingi só conheceu os seus sogros por chamada de vídeo e tremeu na base. Ele falou uma vez com os irmãos de Hongjoong, e recebeu ameaças deles.
— E se eles me reprovarem quando virem pessoalmente? E se não me aceitarem?
Era estranho o fato de Mingi se sentir tão desconcertado. Quando Hongjoong contou para a sua mãe e seu pai que Mingi tinha uma filha, eles quiseram matá-lo. Simplesmente não fazia sentido Hongjoong entender o quão sério era ter um filho e mesmo assim acompanhar Mingi naquela loucura que não era sua responsabilidade.
— Não se preocupa — Hongjoong alisou a pele do braço dele em tom de conforto. — O único que tem que te aceitar aqui sou eu. Eles só vão te ver em carne e osso hoje.
Mingi engoliu em seco, meneando a cabeça positivamente. Caminharam até a porta e pressionaram a companhia; o senhor Kim saiu imediatamente para agarrar Hongjoong em um abraço apertado e sua mãe veio logo atrás, aguardando a sua vez para bagunçar seus cabelos. O senhor Kim moveu-se até Mingi em seguida e o cumprimentou formalmente, a mãe de Hongjoong apenas meneou a cabeça e fez sinal para que entrassem.
Hongjoong agarrou a mão de Mingi, e trouxe a mala usando a outra que estava livre, puxando-o para dentro. Era uma residência classe média baixa, porém bastante aconchegante. Mingi não focou nisso, nem um pouco, preocupado com o próprio pescoço.
Seus sogros deram espaço para que tomassem banho e se acomodassem no antigo quarto de Hongjoong, uma vez que estavam exausto após uma viagem de trem que durou horas a fio. Assim que estavam prontos, Hongjoong bajula Mingi com muitos beijos e uns amassos, encorajando-o a seguir em frente e não pular a janela, em busca do primeiro avião que parte para Seul.
— Certo, você não está aqui para pedir nossa permissão — após meia hora de papo furado, o senhor Kim pontuou se dirigindo a Mingi com uma feição casta.
Ele queria colocar medo no rapaz.
Estavam acomodados no sofá da sala agora, um de frente para o outro, compartilhando xícaras de café. Mingi estava quase comendo açúcar puro para aliviar sua ansiedade. Estava tenso, imóvel, com a postura correta e pálido.
— Quer dizer — a senhora Ahn, a mãe de Hongjoong, começou após um gole de café. — Vocês são garotos. Mingi é um garoto. Não terminaram a faculdade e não têm sequer um emprego fixo que pague bem. A vantagem do Mingi-ie é que seus pais são ricos — criticou ferrenhamente. — Hongjoong, você sabe no que está se envolvendo, certo? Um homem que tem filho não é qualquer coisa, e não é tarefa fácil aguentar isso. Não é fácil criar o filho de outra pessoa como se fosse seu quando a responsabilidade não é sua. Há a mãe da criança e esse vínculo é inquebrável, sem dizer que há a família dela também e famílias sempre são um inferno.
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CAMISA 18 | WOOSAN
FanfictionSan se vê obrigado a conviver com Wooyoung, o filho da namorada de sua mãe e jogador de futebol americano, que carrega o número 18 nas costas com um orgulho exagerado. Inicialmente, San o considera um estereótipo de jogador sem cérebro. No entanto...