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Notas Iniciais:

Olá. Dois capítulos em um porque senão for assim, essa fanfic terá 29329392 capítulos. Boa leitura! <3

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Capítulo 10:  Se o amor fosse um jogo de futebol, o placar continuaria gritando zero a zero.

Na manhã seguinte, após uma noite muito mal dormida, Wooyoung acordou mais cedo e tomou banho no banheiro do corredor, ignorando o fato da água ser mais fria e as gotas mais grossas. Avisou a sua mãe e a senhora Choi que iria de metrô para a universidade, mentindo sobre ter um trabalho para fazer e por isso ter que chegar algumas horas antes do início das aulas, quando na verdade só gostaria de manter distância de San.

Assim que chegou, como esperado, o prédio de cursos voltado para a área de exatas estava vazio. Foi até uma cafeteria da qual costumava se encontrar com os seus amigos e precisou esperar até que o primeiro deles aparecesse; Park Seonghwa.

Ele por si só era uma pessoa bastante pontual, e sempre chegava mais cedo para rever anotações e tomar o café daquela cafeteria em específico. Quando os seus olhos se chocaram com os dele, não soube exatamente o que fazer ou como se portar.

Era estranho pensar que um de seus melhores amigos estava fingindo ser o que não era o tempo todo; ele era como aqueles os quais não detinha muito de sua simpatia. Se recordava perfeitamente das palavras de Yeosang que afirmou com convicção de que Seonghwa se submeteu ao Boner test e falhou, e ainda por cima mantinha algum tipo de relação com outro garoto.

Bizarro!

Wooyoung não poderia encará-lo com normalidade — a memória ainda estava persistentemente sentada em seu cérebro, algo dentro de si não funcionava como de praxe, seu âmago meio que doía. Se viu desconfortável, se viu querendo ir para longe dele.

Como de costume, Seonghwa tomou uma cadeira ao seu lado na mesa. Ele permaneceu calado e Wooyoung também, evitando contato visual.

Pensar em Park Seonghwa ficando com outro rapaz realmente o deixava devastado. Lembrar-se do detestável Kang Yeosang causava em seu paladar um incontestável gosto amargo e uma ardência na boca do estômago.

A ansiedade retornou para dentro do quarterback. Sua reação e expressão se resumiam em algo puramente aversivo. As ideias internalizadas dentro de si passaram a colidir como carros em explosões violentas, e sua cabeça sofreu com leves alfinetadas incômodas no fundo do crânio. As mãos suaram, inquietas, então ele fechou-as em punhos e pressionou-as sobre a superfície gelada, ainda consternado sobre qual próximo passo daria e o porquê a perturbação entre os seus ossos e carne lhe era tão assustadoramente insuportável.

— Saía de perto de mim — murmurou entredentes, travando o maxilar. Estava irritado; o calor rastejava por seu pescoço, um vinco formou-se em sua testa. — Eu não quero ficar perto de gente como você.

Seonghwa sentiu o baque daquelas palavras agressivamente. Ele percebeu então que um pânico ia subindo por sua garganta, as entranhas retorcendo... Era como ser atingido por uma marreta no crânio, um soco no estômago. Se perguntou se escutou corretamente, se Jung Wooyoung estava realmente lhe mandando sair de perto dele, agindo como se estivesse em contato com algo asqueroso o suficiente ao ponto de provocar o efeito centrífuga no estômago.

— Wooyoung... — exprimiu Seonghwa com extrema altercação, sendo interrompido bruscamente.

— Você não vai sair? Tudo bem, eu saio — indagou e se levantou apressado em seguida, resgatando sua bolsa descansando sobre o assento. Os músculos faciais eram tensos, as sobrancelhas entrevadas e o canto dos lábios repuxados em desestima. — Fica longe de mim... Park Seonghwa.

CAMISA 18 | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora