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Capítulo 28: Uma placa escrito "caía aqui".

Choi San era incapaz de acreditar nos próprios atos.

Mentalmente, renderizava para si mesmo o quão patético ele sentia ser. Se existisse uma resposta plausível para fundamentar suas ações até aquele instante, a consideraria como o seu próprio livro sagrado e faria uma biografia usando a mesma no título.

Sua energia chegou a um pico considerável graças à conversa que teve pela manhã com a sua mãe. A companhia de Jongho até a universidade foi de grande ajuda, e os dois descobriram alguns gostos em comum. Ele era o tipo de pessoa agradável da qual San sentia uma boa sintonia enquanto trocavam informações — embora fosse de manhã, o pior horário possível para se chegar a conclusões.

Durante a manhã, passou lutando para não dormir na aula que menos gostava em seu curso inteiro. Almoçou com Hongjoong e Yeosang, e após o fim do horário, se encontraram novamente para bater papo como costumeiramente faziam.

Kim Hongjoong estava feliz demais e precisava se justificar. Quando o viu se explicar, sentiu-se flutuar em uma nuvem afável de formosura. Ele ficava encantado quando o mais velho revelava uma coisa ou outra que Mingi lhe disse; os dois eram tão fofos ao seu ver, que em algum momento iria se tornar insuportável. Bem, não se importava. Yeosang e ele dariam as mãos em breve e ficariam falando de seus ótimos namorados — isso era mentira, uma realidade consistente somente na cabeça fantasiosa do Choi pois, afinal, Kang não comentava nada de seu relacionamento porque, no fundo, ele era muito envergonhado para esse tipo de coisa, e Hongjoong, mesmo gostando de se expor... se tratando de Mingi, não conseguia fazer isso sem expressar o quão pateticamente apaixonado era por ele.

Enfaticamente, San declarou no banheiro, olhando sua boa aparência no espelho, o quão enciumado estava. Quer dizer... e se seus amigos o largarem? Já bastava Yunho que os trocou supostamente por uma bola de futebol. Se perdesse os seus fiéis escudeiros, seria exatamente como perder as calças e ter de andar só de cueca.

Ele praticamente foi ignorado por dois garotos que adentraram ao banheiro depois dele, conversando sobre o time de futebol da universidade. Contavam animados que finalmente o quarterback poderia tirar o gesso de sua perna fraturada, e que em breve retornaria para os campos. Falavam como se Jung Wooyoung fosse um ídolo... Não que ele não fosse, San só não estava acostumado a ouvir até mesmo homens se dirigindo a ele de maneira expressivamente contempladora.

No mictório, seguiram conversando, agitados:

— O time vai hoje mesmo ao hospital, com o Wooyoung-hyung, para festejar pelo fim da era sem o camisa 18 no time.

— O camisa 1 é incrível, espero que ele consiga um outro posto.

— Sim, apesar disso, o nosso quarterback favorito sempre vai ser o Jung. Ele tem uma habilidade monstruosa para o futebol; queria ser como ele.

— Se você fosse como Jung Wooyoung, iria ter uma namorada incrível como a Bae Suji. Pense nisso!

— Oh, eles não estão mais namorando, eu acho — fechou suas calças, se aproximando das pias para lavar as mãos. — Mas quem me dera namorar a Bae Suji — sorriu encantado. — E você?

— Com quais das ex-namoradas eu faria? Todas, óbvio.

Quando notaram San os escutando, calaram a boca imediatamente. Não por empatia ou respeito, mas porque não queriam continuar na presença inoportuna dele.

Nos corredores, ele lidava com o mesmo tipo de olhar resignado, expondo desprezo. As garotas comentavam que iriam morrer caso Jung Wooyoung... jogasse mesmo no outro time. Outras diziam que Choi San era muito atraente e sexy, e era óbvio que conquistava quem ele quisesse. Algumas até arriscavam dizer que os dois formavam um casal bonitinho. Já os rapazes davam risada dessa história, incrédulos, pois o promissor jogador de futebol jamais seria gay! Ele tinha tido algumas namoradas, muitas pretendentes... todas eram garotas. Obviamente nem sonhavam com Park Seonghwa ter preenchido grande parte dos devaneios do Jung no passado.

CAMISA 18 | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora