Capítulo 5: Rumores que fazem qualquer um desejar que o mundo acabe.
Todos do campus agora sabiam que Wooyoung e San estavam em um mesmo quarto em uma noite de sexta-feira. A comoção — e surpresa — gerada pela transmissão ao vivo do Choi tomou proporções inimagináveis por dois motivos:
1) absolutamente ninguém sabia que suas mães, Yuna e Jina, eram namoradas.
2) absolutamente ninguém sabia que o camisa 18 mais famoso dos últimos cinco anos mantinha contato com alguém como Choi San.
O fato de dividirem um quarto dizia mais do que parecia. Quer dizer, além de tudo Wooyoung estava sem camisa, tão à vontade quanto se estivesse na própria casa — o que na verdade estava, mas nenhum dos estudantes daquela universidade tinham conhecimento disso. Isso porque, embora ele fosse popular e conhecido, sua vida privada não era bem um livro aberto; ele não queria que sua mãe fosse atacada, ou simplesmente falassem sobre ela por ela manter um relacionamento amoroso com outra mulher. A aceitação de uma sociedade conservadora como aquela que viviam era tão fingida quanto como tentava soar gentil com San em frente à Jina e sua — agora — quase oficial madrasta.
Não era da conta dos outros de qualquer forma.
As pessoas encaravam San pelos corredores como se ele fosse um inimigo, um desvirginador de mocinhas. Possivelmente por ter exposto — contra sua vontade — o seu envolvimento obrigatório com a Abelha-rainha dos Tigers, o time de futebol americano mais aclamado do momento. Segundo Yunho, quando Wooyoung assumiu o seu namoro com Bae Suji, ela sofreu muitos ataques e precisou se afastar da universidade por um período de tempo até que as coisas se acalmassem para o seu lado. A legião de fãs do quarterback não podiam aceitar que ele possuía uma vida amorosa, e que havia escolhido Suji para caminhar ao seu lado de mãos dadas.
Logo depois de toda essa histeria, passaram a aceitar melhor a Bae por avaliarem que ela era proporcionalmente perfeita para ocupar o "cargo" de namorada oficial do camisa 18. Afinal, Suji possuía uma beleza incontestável, era inteligente, educada, além de ter outros atributos para ser considerada adequada como uma divindade.
Então, o relacionamento deles foi transformado em uma espécie de capa de revista; as pessoas os invejavam, os admiravam, um era o número do outro. Como se fossem peças do mesmo quebra-cabeça, equivalentes, feitos sob medida um para o outro. Provavelmente apenas alguém tão agradável e admirável como Suji para conseguir fazer com que tal efeito surpreendente surtisse.
Com exceção dela, qualquer pessoa que se aproximava de Wooyoung com uma intenção oculta era massivamente repreendida e... digamos assim, arremessada para escanteio. Era perigoso, era uma tarefa difícil... afinal, quase ninguém se colocaria à prova contra o fã-clube apaixonado do quarterback.
— Estão olhando o quê? — Hongjoong intimidou um grupo de garotas que parou apenas para encarar San, que passava por elas. Naquele momento, eram apenas os dois, ambos apenas tentavam atravessar os corredores para alcançarem a sala de aula. — Eu vou arremessar lixo em vocês se não deixarem o meu amigo em paz — pegou no latão de lixo que estava encostado na sua parede, e as garotas saíram correndo para fugir dele.
Hongjoong riu cheio de escárnio, limpando uma das mãos uma na outra. Certamente San o acompanharia em sua risada caso não estivesse se sentindo tão intimado — e não por ele, e sim pelas outras pessoas que pareciam o cercar. Ele se via como um peixinho fora d'água, uma gazela no meio de uma selva repleta de predadores. Iria rir do Kim por ele ter o tamanho de um tampinha, incapaz de assustar até mesmo um anão, e mesmo assim estar tentando cumprir o papel de seu guarda-costas.
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CAMISA 18 | WOOSAN
FanfictionSan se vê obrigado a conviver com Wooyoung, o filho da namorada de sua mãe e jogador de futebol americano, que carrega o número 18 nas costas com um orgulho exagerado. Inicialmente, San o considera um estereótipo de jogador sem cérebro. No entanto...